Qual a diferença entre emoções e sentimentos?

 

Embora essas duas palavras sejam usadas indistintamente, existem sim diferenças entre sentimento e emoção. Compreender a diferença entre os dois pode ajudá-lo a mudar comportamentos não saudáveis e a encontrar mais felicidade e paz no seu dia a dia. Sentimentos e emoções são dois lados da mesma moeda, mas são duas coisas muito diferentes.

Não entendeu? Então confira.

O que é emoção?

As emoções são respostas de nível inferior que ocorrem nas regiões subcorticais do cérebro, da amígdala e do córtex pré-frontal ventromedial, criando reações bioquímicas no seu corpo e alterando assim seu estado físico. Emoções originalmente ajudaram a espécie humana a sobreviver, produzindo reações rápidas à ameaças.

As reações emocionais são codificadas em nossos genes e, embora variem individualmente e dependam das circunstâncias, são geralmente semelhantes em todos os seres humanos e até mesmo em outras espécies (por exemplo, você sorri e seu cão sacode a cauda). As amígdalas desempenham um papel fundamental na excitação emocional e regulam a liberação de neurotransmissores essenciais para a consolidação da memória, razão pela qual as memórias emocionais podem ser muito mais fortes e duradouras.

As emoções transmitem sentimentos, são físicas e instintivas. Por serem físicas, podem ser medidas objetivamente pelo fluxo sanguíneo, atividade cerebral, micro-expressões faciais e linguagem corporal.

O que é sentimento?

Os sentimentos se originam nas regiões neocorticais do cérebro e são associações mentais e reações às emoções. São também subjetivos, sendo influenciados pela experiência pessoal, crenças e memórias. Um sentimento é o retrato mental do que está acontecendo no corpo quando é criada uma emoção. É o subproduto do cérebro percebendo e atribuindo significado à emoção. Por isso, não podem ser medidos com precisão.

Antonio D’Amasio, professor de neurociência na Universidade da Califórnia e autor de vários livros sobre o assunto, explica da seguinte forma: “Sentimentos são experiências mentais de estados corporais, que surgem a partir de como o cérebro interpreta emoções”. A Dra. Sarah Mckay, neurocientista e autora do blog “Your Brain Health” exemplifica: “as emoções atuam no teatro do corpo. Os sentimentos atuam no teatro da mente”.

Os sentimentos são provocados por emoções e coloridos pelos pensamentos, memórias e imagens que se tornaram subconscientemente ligados com aquela emoção particular para você. Mas funciona ao contrário também.

Por exemplo, apenas pensar em algo ameaçador pode desencadear uma resposta de medo emocional. Enquanto as emoções individuais são temporárias, os sentimentos que elas evocam podem persistir e aumentar ao longo da vida, já que as emoções causam sentimentos subconscientes que por sua vez iniciam emoções e assim por diante, se transformando assim em um ciclo interminável de emoções dolorosas e confusas que produzem sentimentos negativos, causando mais emoções negativas e assim por diante.

Suas emoções e sentimentos desempenham um papel poderoso na interação com o mundo, porque são a força motriz por trás de muitos comportamentos, úteis e inúteis. Viver inconsciente dessa situação quase sempre leva a problemas físicos e emocionais a longo prazo.

Como usar as emoções e sentimentos ao seu favor?

Ao compreender essa diferença e tornar-se consciente de suas emoções e sentimentos, determinando qual é qual, as raízes e suas causas e, em seguida, inserir pensamentos consciente seguidos de ações deliberadas, você pode escolher como navegar e experimentar o mundo. Ser capaz de fazer isso significa responder ou reagir para fazer a diferença entre uma vida calma ou caótica. Aprender a diferença e mudar tanto o pensamento quanto o comportamento, não importando o que está acontecendo ao redor, pode ajudar a manter o equilíbrio, o senso de paz, o propósito e a esperança em avançar na direção de seus objetivos.

Autor: Frederico Porto

 

O Lado Bom das Emoções e o Ponto Negativo dos Sentimentos

Para começo de conversa, o segredo para tudo em nossa vida é “saber dosar” é saber o “caminho do meio”.

Sempre acreditei que estar vibrando numa dessas emoções não poderia existir nada de útil e de bom, e surpreendentemente, eis que todas tem seu lado bom.

Começando pelo medo, quando lembramos dele, a primeira coisa que vem é uma sensação desagradável. Simplesmente não compreendemos o medo, mas ao avaliarmos a energia formadora do medo, percebemos que o medo nos protege, nos mostra o limite. Vamos a alguns exemplos: – vamos imaginar que estou caminhando na rua e enquanto os carros passam, o sinal de transito está fechado para mim, o medo me protege e faz com que eu espere liberar para que eu possa atravessar.

Da mesma forma se estou na beira de um precipício e sei que se der um passo a mais eu despenco e posso perder a vida e mais uma vez o medo me faz recuar.

Portanto o medo é útil e nos protege de complicações futuras, de sofrimentos e tem como objetivo preservar a Vida.

Não podemos esquecer que o medo instintivo é uma outra forma de medo que se manifesta. Esse é o medo que se apresenta em situações inesperadas, como a reação que temos em um assalto por exemplo. Por mais preparados que possamos estar para uma situação dessas, só sabemos realmente a nossa verdadeira reação no momento que passarmos pela experiência, o que também não deixa de ser mais uma forma de preservar a nossa vida.

Já percebemos que as emoções tem um papel fundamental em nossa vida…

Agora vamos ver o lado positivo da raiva. Percebe-se que as pessoas tem uma certa relutância quando se trata de consentir que sentem raiva.

Assim como o medo, com a raiva não poderia ser diferente. Essa energia utilizada erroneamente machuca o físico, o emocional e o psicológico de outras pessoas e até a nós mesmos.

Mas qual poderia ser a utilidade da raiva?

Vamos para um exemplo bem prático: – Você já percebeu que quando está com raiva, passa a sentir uma força que faz você fazer coisas que sem o momento da raiva não conseguiria fazer? Portanto, a raiva é a nossa força. Sem essa força nem sequer caminharíamos.

A força, é a característica positiva da raiva. É ela que nos faz correr atrás dos nossos sonhos, projetos e alcançar nossos objetivos. A diferença está em sabermos para onde direcionamos a raiva (nossa força) e sobre isso eu escrevi no artigo “A Emoção da Raiva” que vale a pena você ler também.

Mas e quanto a tristeza? É possível termos algo de positivo dessa emoção tão desagradável?

A resposta é SIM.

Viemos como seres humanos, com um corpo e dentro dele um coração que pulsa juntamente com uma missão de vida para cumprir. Só sabemos se estamos cumprindo a nossa missão, quando o coração – o centro do nosso ser – está tranquilo, em paz, ou seja,com uma sensação de leveza acompanhada de uma alegria gratuita de viver a vida.

Mas, corremos para todos os lados e para todo mundo e esquecemos de sentir nosso coração, esquecemos de avaliarmos nosso interior e é neste instante que a tristeza é útil.

A tristeza, obrigatoriamente, nos faz voltar para uma autoavaliação e baseado nessa autoanálise tomamos novos rumos, novas decisões. Caso ignorarmos essa “ajudinha” da tristeza podemos passar a ter dores, doenças e depressões e sobre isso eu falei no artigo, “ A Emoção da Tristeza”.

Para finalizar vou escrever o ponto negativo dos sentimentos.

O ponto negativo é quando perdemos o verdadeiro significado desta energia, ou seja, quando não lembramos de permanecer em equilíbrio, no centro, no caminho do meio podemos saltar da Alegria para a euforia, do Amor para a paixão e da Paz para o marasmo.

Outro ponto negativo dos sentimentos é o excesso dos mesmos, a euforia por exemplo. Lembrar sempre de ficar no “caminho do meio”, nem tanto lá, nem tanto cá.

A dica é estar consciente do que está sendo vivido e manter o equilíbrio…

tania valiati

Minha vida foi uma eterna busca. Acredito muito que a vida é missionária e você já vem com um propósito. Penso que enquanto você não encontrar seu propósito de alma, você não sossega. "Tânia Regina Valiati"