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As emoções fazem parte da sua história

É muito difícil enxergar um processo de cura que consiste entrar em contato com sua vulnerabilidade. Existe, dentro de todos nós, uma criança e muitas vezes a pessoa ainda não desenvolveu sua personalidade real; com isso sua individualidade fica baseada na força, no grito, na ignorância e no materialismo. Chegou a hora de se voltar para as próprias necessidades, emoções e sentimentos mais profundos.

Não é demais passar por um processo de cura no qual experimente certos sentimentos que sempre evitou. Você deve conviver bem com suas emoções, porém se preocupa e acaba sempre fugindo de alguns sentimentos. Acontece que o ser humano é composto de todo tipo de sentimento e não podemos fingir que alguns deles não existem. A vida é para ser vivida inteira e intensamente. Por isso, aquilo que não queremos experimentar cruza nossos caminhos justamente para que possamos passar pelos sentimentos que nos despertam para aprendermos e crescermos.

Talvez você precise de ajuda para perceber, assumir e relacionar-se de maneira serena com a própria vulnerabilidade. A vida lhe dá de presente um milagre a cada dia em lições, aprendizados para trazer de volta sua realidade espiritual.

Você vai viver fortes emoções e não deve se omitir com medo de viver grandes sentimentos. Então, não se esconda de um grande amor; mesmo que dure um dia, vale a pena vivê-lo, porque amanhã poderá ser tarde demais. Um lado seu, o seu íntimo, vai querer experimentar o amor na sua plenitude, mas o outro lado rejeita essa experiência maravilhosa pelo medo. Um lado quer intimidade e fusão, o outro quer autonomia, independência e liberdade.

Muitos têm esse medo de amar, principalmente se já sofreram alguma decepção; mas, ao mesmo tempo, querem se jogar de corpo e alma a novas emoções, mesmo que isso os deixe um pouco consumidos. No interior, porém, esses dois impulsos estão sempre em conflito. Um quer se entregar plenamente a uma relação, mas o outro lado, não.
Não aceite, de forma alguma, que aconteça isso, para não perder sua personalidade. Sabe o que pode fazer? Ficar mais leve com a vida, deixando mais por conta dela, levando-a com mais naturalidade; não deixe o emocional dizer que está com os pés no chão; coloque emoções na sua vida, a cada passo um pé fica no chão e o outro no ar. Os dois lados da moeda não ficam virados para o chão ao mesmo tempo.

Não tem como fugir da mente e do coração; quando a mente fica no chão, o coração fica ao vento, mas vão ter que se revezar para caminhar rumo ao aprimoramento, ao crescimento emocional. É a forma que há para conciliar as duas partes em choque dentro de você: deixar o vento universal soprar em seu coração e saber que tudo vai fazer parte da sua história.

Na verdade, o que acontece no exterior reflete fielmente o que se passa em seu interior. Você quer uma relação forte, mas não está totalmente aberta a ela.
Isso vale para quase tudo na vida: quando nosso interior está nebuloso, é recomendável analisarmos o que se passa do lado externo. Assim, tomamos consciência de muitas dificuldades internas, o que nos possibilita enfrentá-las.

Não deve tentar livrar-se de nada que faça parte de si mesmo, mas assumir integralmente o que é. O processo é lento, mas capaz de transformar sua vida.
É o caminho da cura, do encontro com a inteireza e com a realização. O processo de cura tem que se dar em todos os níveis: espiritual, mental, emocional e físico. Ao fazer um esforço harmonioso em sua vida, consegue assumir integralmente e encontrar seu equilíbrio se fazendo mais dinâmico.

É preciso que pratique regulamente alguma atividade espiritual. Isso ajuda você a se manter conectado ao seu Eu Superior. A prática espiritual pode ser exercida de várias formas. Escolha a que aparece a cada dia. Pode ouvir música, dançar, ler, escrever, meditar, orar ou qualquer outra coisa que lhe possibilite conexão com seu Eu Superior. Todos nós precisamos disso. Deve examinar atentamente suas crenças, de modo a abandonar aquelas que repete apenas porque foram ensinadas e as que não têm mais razão de ser. Nesse movimento, abra espaço para novas emoções capazes de ajudá-lo a continuar a escrever sua história.

A cura mais difícil para a maioria é por causa de nossa sociedade que tem a tendência a não valorizar e até negar as emoções. No entanto, se você quer sentir a vida é fundamental ser capaz de experimentar seus próprios sentimentos. Seja qual for o recurso utilizado, o importante é assumir suas próprias emoções, sendo apto a expressá-las e administrá-las da melhor maneira possível.

Cuide de seu corpo com carinho, ouça-o, conheça-o, descubra seu ritmo e características e dê o que ele precisa para ser saudável, flexível, o melhor dentro de suas possibilidades. Não exija demais dele seja simples, leve e amoroso e se lance às boas e bonitas emoções.

Divertidamente – o que seria de nós sem as emoções?

Todos já ouvimos falar sobre a força do pensamento – e o poder que ela pode exercer sobre o corpo e até a saúde geral. A somatização, ou seja, a transformação de problemas psíquicos em sintomas físicos, é um exemplo bem conhecido dessa influência causada por emoções intensas que estão em desequilíbrio com o corpo. Assim, para viver de forma plena e feliz, é preciso manter a harmonia e a serenidade entre os planos físico, mental e emocional.

Se você realmente deseja alcançar um estado de espírito mais sereno, com suas emoções em equilíbrio, mas não sabe por onde começar, apresentamos 10 estratégias que podem ajudar. Tanto em situações de nervosismo e estresse intenso quanto no dia a dia, basta adotar uma ou duas dessas estratégias para se sentir um pouco mais calmo. Aqui vai 10 sugestões para equilibrar suas emoções:

1. Viva sem pressa. Não espere até o último instante para sair para o seu compromisso – saia de casa sempre 10 minutos mais cedo. Assim, você não terá de correr e não dará chance ao estresse. Dirija dentro do limite de velocidade; faça uma pausa antes de responder a uma pergunta; deixe o telefone tocar algumas vezes antes de atender. Torne essas atitudes um hábito para que você permaneça no controle, e não suas emoções.

2. Seja gentil. Diga à jovem atendente que apreciou a forma como ela embalou as compras. Visite um amigo doente ou faça um bolo para alguém que está triste. Isso estimulará emoções positivas, fazendo você se sentir melhor e mais perto dos outros.

3. Acalme seu coração. Você não pode ser sempre responsável pela felicidade de todo mundo, e não faz mal se cometer um erro de vez em quando.

4. Faça intervalos. A cada 55 minutos de trabalho faça um intervalo de 5 minutos. E não sinta culpa: está provado que fazer intervalos durante o trabalho aumenta a produtividade.

5. Adote um animal de estimação. Um cachorro, um pássaro ou um peixe podem ser essenciais para o alívio do estresse. Os bichinhos de estimação trazem alegria e espantam a solidão, ajudando a manter as emoções no campo positivo. Em um estudo do Johns Hopkins Medical Center, 50 em 53 donos de animais viveram um ano após o seu primeiro infarto do miocárdio; entre os que não tinham animais, só 17 das 39 pessoas viveram tanto tempo.

6. Aproveite as férias. Pesquisadores austríacos mostraram que férias de duas semanas, além de acalmarem a mente e o espírito, contribuem para melhorar a saúde e reduzir os níveis de estresse por até cinco semanas. Tanto durante como depois de umas boas férias, dormimos melhor e ficamos de bom humor. Para que as férias tenham esse efeito, devem ser tranquilas, sem excesso de organização. As pessoas que não descansam durante as suas férias não têm os mesmos efeitos benéficos para a saúde quando comparadas àquelas que usam esse período para relaxar de verdade.

7. Inicie um hobby. Arranje um passatempo que lhe dê prazer, como pintar, pescar ou começar uma coleção. Empenhar-se em numerosas atividades protege contra a depressão, uma doença fortemente relacionada a um desequilíbrio das emoções e que tem sido associada a imunidade diminuída e aumento do risco de câncer e outras doenças.

8. Brinque. Sempre que sentir ansiedade ou outras emoções negativas, faça uma pausa e ocupe-se com uma atividade infantil: pinte desenhos com lápis de cor, alugue um filme para crianças, faça bolinhas de sabão ou divirta-se procurando recordações felizes do passado entre os objetos pessoais.

9. Peça ajuda. Quando sentir que a vida está muito pesada, peça ajuda. Não tenha medo: essa é uma das funções da família e dos amigos, e conversar é uma das melhores maneiras de apaziguar nossas emoções. Além disso, habitue-se a não aceitar todos os pedidos ou obrigações quando sua energia estiver em jogo.

10. Não ignore as emoções negativas, mas sorria! Como uma luz de aviso em um painel de instrumentos, os seus sentimentos podem indicar que alguma coisa não vai bem. Se está sentindo raiva, inveja, frustração ou simplesmente irritação é sinal de que precisa respirar fundo e mudar de rumo. O primeiro passo pode ser forçar-se a sorrir: segundo os especialistas, se você sorrir ou rir mesmo sem vontade, o seu corpo reagirá produzindo menos cortisol.

Quantas emoções existem?

Se parar para pensar por um momento, você se dará conta de que as emoções governam grande parte das nossas vidas. Mas você já parou para pensar em quantas emoções existem na realidade? Você saberia explicar o que são estas emoções? Seria capaz de descrevê-las sem utilizar uma metáfora, ao estilo de “tenho borboletas no estômago” ou “estou com um nó na garganta”?

O psicólogo Robert Plutchick disse que existem mais de 90 definições diferentes para o termo “emoção” que foram sugeridas por psicólogos. Desta forma, a dificuldade para definir e identificar as emoções é agravada, visto que nem os especialistas chegam a um acordo ou, pelo menos, a representam de formas diferentes, ainda mais ao levar em conta que as emoções são algo muito pessoal. Além disso, o fato de que as emoções se mesclam entre elas com frequência também não facilita a tarefa de definir quantas emoções existem.

A questão sobre quantas emoções existem é algo que vem de longe. Já no século quarto antes de Cristo, Aristóteles tentou identificar o número exato de emoções básicas. Estas são conhecidas como as 14 emoções irredutíveis, em que Aristóteles identificou o medo, a confiança, a raiva, a amizade, a calma, a inimizade, a vergonha, a falta de vergonha, a compaixão, a bondade, a inveja, a raiva, a emulação e o desprezo.

Séculos mais tarde, Charles Darwin, em seu livro A expressão das emoções no homem e nos animais (1872) sugeriu que a capacidade de expressar emoções através do rosto tinha vantagens evolutivas. Ele também sugeriu que muitas destas expressões emocionais eram universais.

Mais recentemente, os psicólogos fizeram uma série de tentativas para classificar e identificar o número exato de emoções. Surpreendentemente, quando se trata de emoções básicas e universais, há realmente muito menos do que você pensa. De acordo com as teorias mais conhecidas que classificam a experiência emocional humana, existem em qualquer lugar cerca de quatro emoções básicas.

Teorias contemporâneas sobre as emoções

A roda de emoções

Uma destas teorias mais destacadas é a roda de emoções de Robert Plutchik, que identifica oito emoções básicas: a alegria, a tristeza, a confiança, a aversão, o medo, a raiva, a surpresa e a antecipação. A roda de emoções se assemelha à roda de cores, no sentido de que as cores primárias são combinadas para formar as cores secundárias e complementares. Estas emoções básicas se mesclam e se combinam para formar uma variedade de sentimentos.

Seis emoções universais

Outros pesquisadores sugerem que existem cerca de seis ou sete emoções básicas que são vivenciadas nas culturas de todo o mundo. O psicólogo Paul Eckman criou o que conhecemos como o Sistema de Codificação de Ação Facial (FACs), uma taxonomia que mede os movimentos dos 42 músculos da face e os movimentos da cabeça e dos olhos. Eckman descobriu que havia seis expressões faciais universais.

Estas seis emoções originais identificadas por Eckman eram de alegria, tristeza, surpresa, medo, ira e desgosto. Mais tarde ele passou a adicionar uma sétima emoção: o desprezo.

Apenas quatro emoções básicas, é possível?

Mais recentemente, outras pesquisas reduzem o número básico de emoções a apenas quatro. Assim, em um estudo realizado na Universidade de Glasgow, Escócia, os pesquisadores pediram que os participantes identificassem as emoções nas expressões de um modelo realista. O que eles descobriram foi que o medo e a surpresa envolvem os mesmos músculos.

Em vez de representar duas emoções distintas, os pesquisadores sugerem que o medo e a surpresa são simplesmente variações de uma emoção básica. Da mesma forma, a aversão e a raiva envolvem os mesmos músculos, e por isso sugerem que representam variações de uma única emoção.

 Com base neste estudo, os pesquisadores sugerem que ao invés de seis emoções básicas, haveria apenas quatro: a alegria, a tristeza, a raiva e o medo. E dizem também que as variações mais complexas das emoções foram evoluídas a partir desses blocos de construção fundamentais ao longo de milênios.

Quantas emoções existem?

Por outro lado, a maioria de nós poderia argumentar imediatamente que o medo e a surpresa são emoções distintas e separadas, assim como a raiva e o desgosto. No entanto, os pesquisadores observaram que na primeira vez em que a expressão é demonstrada, são usados os mesmos músculos, tanto para o medo quanto para a surpresa.

Os pesquisadores acreditam que essa distinção entre o medo/surpresa e a raiva/desgosto tem uma base social. Somente mais tarde a emoção é expressada plenamente e surge a diferença entre ambas.

Eles também pensam que a expressão das emoções tem uma base de sobrevivência biológica, enquanto que as diferenças que existem entre o medo e a surpresa e entre o desgosto e a raiva foram evoluídas por razões mais sociais.

Isto significa que existem apenas quatro emoções? É claro que não. Esta pesquisa sugere que existem quatro emoções irredutíveis, mas isso não significa que as pessoas só sejam capazes de experimentar quatro estados emocionais.

Na verdade, os pesquisadores comentam que “ninguém em seu juízo perfeito diria que existem apenas quatro emoções, já que os seres humanos têm emoções muito complexas

Quantas emoções existem?

A expressão das emoções

Ainda que pudéssemos ser capazes de identificar tais emoções gerais, a pesquisa de Eckman revelou que o rosto humano é capaz de criar mais de 7 mil expressões faciais diferentes.

As emoções e a forma como as experimentamos e expressamos podem ser tão abundantes quanto sutis. No entanto, são as emoções básicas que servem de base para essas emoções mais complexas e particulares que compõem a experiência humana.

Vibração Pessoal

Você sente e percebe a vibração de ambientes, de coisas, de objetos. Então, imagine como seu corpo padece quando não está estruturado, fechado e vibrante corretamente.

Estamos imersos em um universo onde tudo o que vemos e o que não vemos, são emanações de energia e, para podermos atrair alguma coisa, devemos entrar na vibração dessa coisa. Atraímos apenas aquilo que está na mesma freqüência de nossa vibração. Portanto; o segredo da vida consiste em termos capacidade de entrar na freqüência ou vibração daquilo que queremos. A partir dessa ação, passamos a atrair aquilo que desejamos para a nossa vida.

O seu patamar vibratório cria sua vida. Portanto, se não estiver satisfeito com o que experimenta agora, está na hora de trabalhar para mudar a sua vibração. Ao descobrir as vibrações destrutivas que emanam de você, seja radical, substituindo cada uma delas por seu correspondente contrário.

Note que a sua vibração é sempre estabelecida pelos seus sentimentos. Aquilo que você sente, como real, torna-se realidade. Então, o segredo para obter poder pessoal que cura doenças, atrai abundância e proporciona paz interior consiste em modificar a sua vibração emocional atual.

A vibração em que você se encontra no momento, está constantemente provocando alterações no seu campo energético, atraindo e repelindo coisas, circunstâncias e eventos. O montante das emoções positivas irá criar resultados maravilhosos, enquanto que a soma de tudo o que é negativo em sua consciência, gerará infelicidade, angústia, sofrimento, doença e dor.

Consciente ou inconscientemente, você estabelece as bases do seu padrão vibratório a cada instante da sua vida. Nas áreas aonde tudo vai bem é porque, consciente ou inconscientemente foram produzidas boas vibrações. Por outro lado, naqueles aspectos existenciais onde as coisas não estão tão boas, seguramente é porque frequências vibratórias desfavoráveis emergiram a partir de sua essência.

Do ponto de vista das Leis Universais é perfeitamente possível e viável assumir o controle da sua vibração, elevando-a para o nível da vibração cósmica, sintonizando-se com a frequência clara e pura do Universo. Como? Escolha sempre algo que aumente a sua vibração pessoal, com a consciência despertada para o que seja bom, belo e justo. Onde houver ódio, não meça esforços para fazer vibrar o amor. Onde houver tristeza, faça tudo o que puder para inserir a vibração da alegria.

Utilize o dom de raciocinar com coerência para que seus pensamentos gerem emoções positivas duradouras. Agindo assim, seus bons sentimentos produzirão vibrações que se propagarão em ondas de energia, enviando sinais magnéticos que determinarão tudo que você irá atrair para sua vida.

Acredite! Tudo é energia, vibração. Esse é um pré-requisito fundamental para que você possa seguir em frente no processo de criação intencional. Embora isso possa parecer estranho no início, é imprescindível que você aceite a ideia de que tudo é vibração.

Conscientize-se de que você é um ser vibrátil que vive em um Universo também vibrátil. Mude seus sentimentos para o que é bom, belo e justo e a conexão com a Fonte será restabelecida.

Como você pode ver, transmutar vibração negativa em positiva é o segredo da vida plena e feliz. Isso se faz por meio de emoções positivas alicerçadas em um entusiasmo criador e uma paixão dirigida, o que significa se focar sempre no bem, no bom e no belo, nada mais.

Como aumentar o nível vibracional da sua energia

Quando eu digo que tudo no nosso universo possui energia, realmente quero dizer TUDO.  Isso inclui os seus pensamentos e suas emoções, e aquilo que você quer atrair para sua vida.

O pensamento que está na sua mente neste exato momento, a emoção você está sentindo agora, vão influenciar sua energia e a frequência que ela vibra.

Portanto, para saber qual a energia que você está emitindo para o Universo, é preciso olhar para si mesmo e perceber quais pensamentos fazem parte do seu dia-a-dia e quais emoções que você deixa fluir no seu corpo.

Quando você está infestado de pensamentos negativos, pensamentos ruins e consequentemente está sentindo raiva, ira, tristeza, ódio, você está emitindo uma energia de vibração baixa para o Universo, e assim, vai atrair pessoas e situações de energia baixa.

O efeito dominó

Você já deve ter tido períodos na sua vida em que nada dava certo. Parece que tudo o que você fazia estava condenado ao fracasso. Isso acontece por conta do efeito dominó.

Você se deixa levar por poucos pensamentos ruins e emoções negativas e acaba atraindo situações semelhantes para sua vida.

Logo, por contas dessas novas situações, novos pensamentos e emoções ruins tomam conta de você, atraindo novas situações negativas. Você acaba entrando em um círculo vicioso.

Existem pessoas que passam anos, e algumas a vida toda nesse círculo vicioso. Para sair dele é preciso olhar para si mesmo, tomar conhecimento do que está pensando e decidir interromper ele.

Da mesma forma, você teve períodos em sua vida que tudo dava certo. Sua vida parecia um musical da Disney.

Isso acontece pelo mesmo princípio do efeito dominó, você entra em um círculo vicioso, entretanto, um círculo vicioso positivo.

Portanto, para saber qual energia você está emitindo para o Universo é preciso fazer uma autoanalise, descobrir quais pensamentos e emoções estão vivendo dentro de você.

Lembre-se, seus sonhos e desejos possuem uma frequência vibratória alta, logo, para poder manifestá-los na sua vida, é preciso que você emita uma energia semelhante, de vibração alta.

Mudando a frequência vibratória

Não é porque você tomou a decisão de encontrar um pensamento diferente que já possa ir diretamente para ele exatamente agora; a Lei da Atração tem algo a dizer sobre os pensamentos aos quais você tem tido acesso a partir de onde está. Claro, não há pensamento que você não possa ter – assim como não há lugar que não possa ser alcançado a partir de qualquer lugar onde você já esteja – mas você não pode instantaneamente pular para um pensamento com uma freqüência vibratória muito diferente dos pensamentos que normalmente pensa.

É possível que algum de seus amigos, um que esteja se sentindo bem melhor do que você, possa encorajá-lo a parar de pensar negativamente e a escolher pensamentos mais positivos. Mas somente porque seu amigo está se sentindo melhor do que você, isso não significa que ele possa fazer você se sentir bem – pois a Lei da Atração não permitirá que você encontre uma freqüência vibratória tão distante daquela que você normalmente já mantém. E mesmo que você queria se sentir melhor, o pensamento que você conseguir ter não será tão prazeroso quanto o que seu amigo deseja que você encontre.

Porém, queremos que você entenda que é possível encontrar “aquele” pensamento e, uma vez que deliberada e gradualmente, você mude sua freqüência vibracional, você será capaz de suster aquele pensamento positivo, tão logo consiga atingi-lo.

Quando você descobre que pode saber o conteúdo vibracional de seu Ser, e que pode estar consciente de seu ponto de atração, então você estará conscientemente no controle criativo de sua própria experiência. E uma vez que você entenda que suas emoções lhe dão um feedback especifico sobre seu conteúdo vibracional, então você poderá proceder com o ajustamento deliberado e gradual de sua vibração.

Alcance o Melhor Pensamento visando o melhor Sentimento a que você puder ter acesso

Escolher um pensamento diferente sempre produzirá uma resposta emocional diferente. Você pode dizer “deliberadamente escolherei meus pensamentos, assim poderei me sentir melhor”. Essa é uma boa decisão a ser tomada. E uma decisão ainda melhor e realmente mais fácil a tomar é: “Quero me sentir bem, então tentarei sentir-me melhor através da escolha de um pensamento que me faça sentir melhor”.

Se sua decisão for “seguir sua alegria”, e estiver focado em uma situação de vida não tão próxima à uma alegria, a decisão de seguir a  alegria será mal sucedida porque a Lei da Atração não pode lhe dar um pensamento harmonizado com essa dramática diferença vibracional. Mas se sua decisão for alcançar o melhor pensamento visando o melhor sentimento que você puder acessar, essa decisão será facilmente atingida.

A chave para aumentar a escala vibracional é estar consciente, sensível, à maneira como você se sente, pois se você não estiver consciente de como se sente, não poderá entender a maneira como está se movendo na escala. Você não pode voltar atrás para seu caminho de volta a Phoenix sem saber disso.

Mas se você usar o tempo para determinar conscientemente a emoção que estiver experimentando, então qualquer melhora em seus sentimentos significa que você está fazendo progresso em direção a seu objetivo; por outro lado, qualquer intensidade de emoção negativa significa que você está indo na direção errada.

Assim, uma boa maneira de sentir seu caminho rumo à escala vibracional emocional positiva de forma a sempre alcançar o melhor sentimento de alívio que possa vir até você é liberar um pensamento de maior resistência e substituí-lo por um de maior permissão. O Fluxo do Bem-Estar está sempre fluindo através de você e quanto mais você o permite, melhor você se sente. Quanto mais você resiste a ele, pior você se sente.

Trecho do livro Peça e Será Atendido de Esther & Jerry Hicks

A Consciência Quântica

O advento da Física Quântica causou e tem causado enormes transformações na vida de todos nós. Nem sempre e nem todos estamos conscientes dos modos pelos quais uma revolução científica iniciada há cem anos pode nos afetar ainda hoje, mas provavelmente já ouvimos falar de seu impacto na evolução da própria Física e de toda controvérsia gerada pelas dificuldades conceituais de interpretação dos fenômenos quânticos. Seus efeitos, porém, se estenderam para além da Física, …

  • com desdobramentos importantes na Química, com a teoria de orbitais quânticos e suas implicações para as ligações químicas,
  • e na Biologia, com a descoberta da estrutura do DNA e a inauguração da genética molecular, apenas para citar dois exemplos.

– Mesmo conscientes disso tudo, estaríamos preparados para mais essa:

    • para a possibilidade de que a própria consciência possa operar com base em princípios ou efeitos quânticos?

 

– Pois é o que andam conjecturando algumas das mentes mais brilhantes de nosso tempo… e alguns franco-atiradores também. A descoberta do mundo quântico, que tanto impacto teve nas ciências e tecnologias, ameaça agora envolver o “etéreo”universo da psique.

– É preciso dizer desde logo que, na verdade, essa história não é assim tão nova. Desde o início de sua formulação, a Física Quântica apresentou uma dificuldade essencial: a necessidade de se atribuir um papel fundamental para a figura do observador (aquele que está realizando um experimento quântico). Isso decorre do fato da teoria quântica ser de caráter não determinístico, ou seja, trata-se de uma teoria para a qual a fixação do estado inicial de um sistema quântico (um átomo, por exemplo) não é suficiente para determinar com certeza qual será o resultado de uma medida efetuada posteriormente sobre esse mesmo sistema. Pode-se, contudo, determinar a probabilidade de que tal ou qual resultado venha a ocorrer. Mas, quem define o que estará sendo medido e tomará ciência de qual resultado se obtém-se com uma determinada medida é o observador. Com isso, nas palavras de E. P. Wigner, “foi necessária a consciência para completar a mecânica quântica”.

A INFLUÊNCIA DA TEORIA QUÂNTICA

Sob alguns aspectos importantes,  — como a física quântica se relaciona com nossa experiência da vida diária-iremos direto ao coração do problema filosófico central da própria teoria quântica. Até agora, passados sessenta anos de sua jovem história, os físicos quânticos ainda se sentem absolutamente incapazes para explicar até mesmo como pode existir um mundo do cotidiano — o mundo de mesas e cadeiras, pedras e árvores etc. — ,quanto mais para explicar como sua ciência se relaciona com este mundo.

A teoria quântica é teoria física de maior sucesso até hoje. Ela pode prever corretamente resultados experimentais com um acerto de várias casas decimais. No entanto, sua inabilidade em explicar, quer as predições, quer os resultados, significa que nenhum quadro novo, uno da realidade, emergiu de todas as equações geradas, e menos ainda uma nova visão de mundo na qual as descobertas da física quântica se enraízem para instigar a imaginação das pessoas comuns. Realmente, na maior parte dos sessenta anos passados desde que a teoria quântica se completou, o consenso entre os físicos quânticos tem sido o de que eles não podiam nem deveriam dizer coisa alguma sobre o mundo real e que sua única tarefa “segura” seria continuar prevendo resultados através de suas equações.

Essa posição “anti-realista”, que ficou conhecida como a Interpretação Copenhagen da teoria quântica por causa do físico dinamarquês Niels Bohr, seu grande defensor, está influenciada pela natureza bizarra e indeterminada dos eventos no nível quântico, onde nada em particular pode ser declarado existente em um local determinado e tudo flutua num mar de possibilidades. Isso levou a conversas absurdas entre os físicos quânticos e seus seguidores filosóficos, incluindo-se aí a negação de uma realidade no nível subatômico ou mesmo, em alguns casos, a negação da existência de qualquer realidade. Entretanto, há um mundo real onde as “coisas” existem. As cadeiras são corpos sólidos e identificáveis, sobre os quais podemos nos sentar. Para que a teoria quântica esteja realmente completa, e para que substitua, não só a física newtoniana como também toda a cosmovisão newtoniana enquanto filosofia central de nossa era, ela deve ser conduzida a um diálogo mais estreito com tais fatos do mundo cotidiano. O argumento central desta premissa é o de que nós, seres humanos conscientes, somos a ponte natural entre o mundo da experiência diária e o mundo da física quântica, e que um exame mais acurado da natureza e do papel da consciência no esquema das coisas conduzirá a uma compreensão filosófica mais profunda do dia-a-dia e a um quadro mais completo da teoria quântica.

E A CONSCIÊNCIA?

A existência da consciência foi sempre um problema. O que ela é, por que ela existe no mundo e como, de fato, pode tal coisa existir? Algumas respostas a estas questões são necessárias a qualquer compreensão da vida ainda que em seu sentido mais primário, como a “vida” de uma ameba. Num sentido mais amplo, algumas respostas são necessárias para iluminar o significado e o propósito da vida, os porquês de nossa cultura e o lugar de um único indivíduo num universo maior. Elas também são necessárias para se obter alguma compreensão do universo em si.Podemos considerar muito sériamente a possibilidade de que a consciência, assim como a matéria, emerge do mundo dos acontecimentos quânticos e que ambas, embora completamente diferentes uma da outra, têm uma “mãe” em comum na realidade quântica.

Se assim for, nossos padrões de pensamento e, mais do que isto, nosso relacionamento com nós mesmos, com os outros e com o mundo como um todo, poderão em alguns casos ser explicados pelas mesmas leis e padrões de comportamento que governam o mundo de prótons e elétrons, em outros casos podem refletir essas mesmas leis e padrões. Se de fato nosso intelecto tira suas leis da natureza, segue-se que nossa percepção dessas leis deve, em alguma medida, refletir a realidade da própria natureza. Se tal possibilidade existe, então, podemos retirar dela uma visão similar àquela dos antigos gregos:

Quando o homem está no mundo, é do mundo, está na matéria, é da matéria, ele não é um estranho mas um amigo, um membro da família, um igual… Os gregos viviam num Universo conciliado, onde a ciência das coisas e a ciência do homem coincidem. Podemos dizer que que temos hoje na física quântica os fundamentos de uma física sobre a qual podemos basear nossa ciência e nossa psicologia, e que através de uma comunhão da física e da psicologia também poderemos viver num Universo conciliado, um Universo em que nós e nossa cultura seremos plena e significativamente parte do esquema das coisas.

O QUE HÁ DE NOVO NA” NOVA FÍSICA”

Certa vez Einstein disse que a teoria quântica lhe sugeria “um sistema de ilusões de um paranóico extremamente inteligente, maquinado a partir de elementos de pensamento incoerentes”. Todos os adjetivos comumente aplicados a essa física são do mesmo tipo: absurda, bizarra, assustadora, incrível, inacreditável etc. Até mesmo encontrar a maneira verdadeiramente apropriada para se descrever as descobertas neste campo parece ser uma tarefa ardilosa. A nova física é tão nova que os próprios físicos quânticos ainda não se entenderam inteiramente a respeito das mudanças conceituais que ela determina, refugiando-se na linguagem menos exigente das matemáticas. Mas é justamente aí, no cunhar de uma nova estrutura conceitual para a nova física, que está o verdadeiro desafio cultural da ciência moderna. É difícil perder os velhos hábitos intelectuais. As categorias newtonianas de tempo, espaço, matéria e causalidade impregnaram tão profundamente toda nossa percepção da realidade que emprestam sua cor a todos os aspectos de nossa forma de pensar sobre a vida, e não é fácil imaginar um mundo que arremede sua realidade.

Ex;- Cada vez que dirigimos um automóvel de um ponto a outro estamos, em alguma medida, conscientes do espaço entre os dois pontos e do tempo que levamos para percorrer o trajeto. O simples ato de abrir e fechar uma porta nos torna subliminarmente conscientes tanto da existência material da porta como de nossa mão, e ainda da relação de causa e efeito entre uma e outra. Como, então, lidar com a alegação de que não há espaço entre dois objetos distintos e, mais ainda, que não há objetos da forma como normalmente os concebemos e que toda a noção de “distintos” não tem nenhuma base na realidade? Como falar sobre acontecimentos ou relacionamentos se temos de renunciar a toda esta conversa de tempo e nunca dizer que uma coisa causou outra?

Da primeira vez que se apresentam tais problemas, eles provocam uma espécie de torpor intelectual a que se segue uma tentativa de lidar com eles de alguma forma conhecida. Mesmo os físicos quânticos, quando procuram entender o que suas equações estão indicando, inadvertidamente tentam colocar conceitos quânticos novos dentro de categorias newtonianas antigas, o que por sua vez faz que vejam o próprio trabalho com a mesma estranheza dos leigos. Até agora, nenhum deles conseguiu dizer realmente o que é que tudo isto significa. 

Ao longo desta série , tentaremos expressar os conceitos da teoria quântica numa linguagem corriqueira e em termos do dia-a-dia sem, no entanto, cair na armadilha comum de tentar colocar “pinos redondos em buracos quadrados”. A radical novidade de tudo ficará instantaneamente evidente quando examinarmos as noções básicas de ser, movimento e relacionamento no contexto da nova física, e esperamos que nossa capacidade de assimilação dessas noções como parte integrante de nossa experiência pessoal cresça nos posts posteriores.

SER- A MAIS REVOLUCIONÁRIA

A mais importante afirmação que a física quântica faz acerca da natureza da matéria, e talvez do próprio ser, provém de sua descrição da dualidade onda—partícula — a afirmativa de que todo ser, no nível subatômico, pode ser igualmente bem descrito como partículas sólidas, como um certo número de minúsculas bolas de bilhar, ou como ondas, como as ondulações na superfície do oceano. Mais que isto, a física quântica prossegue dizendo que nenhuma das duas descrições tem real precisão quando isolada e que tanto o aspecto onda como o aspecto partícula do ser devem ser levados em conta quando se procura compreender a natureza das coisas. É a própria dualidade o aspecto mais básico. A “substância” quântica é, essencialmente, ambos: o aspecto onda e o aspecto partícula simultaneamente. 

Esta natureza do Ser Quântico está condensada numa das colocações mais fundamentais da teoria quântica, o princípio da complementaridade, que declara que cada modo de descrever o ser, como onda ou como partícula, complementa o outro e que o quadro completo surge somente do “pacote”. Como os hemisférios direito e esquerdo do cérebro, cada uma das descrições fornece um tipo de informação que feita à outra. Se, num dado momento, o ser elementar se mostra como uma ou como a outra, isso depende das condições gerais — o crucial nisso, como veremos mais adiante, pode ser que qualquer uma das duas ou que nenhuma esteja observando, ou, quando elas estão, o que estão procurando.

Mais do que qualquer outra coisa, a física quântica promete transformar nossas noções sobre relacionamento. Tanto o conceito do Ser enquanto dualidade indeterminada de onda— partícula como o conceito de movimento que deriva das transições virtuais, pressagiam uma revolução em nossa percepção de como as coisas se relacionam. Coisas e acontecimentos que antes eram concebidos como entidades separadas pelo espaço e pelo tempo, agora são vistos pelo teórico quântico como tão integralmente ligados que sua ligação faz as vezes de ambos, espaço e tempo. Eles se comportam como aspectos múltiplos de um todo maior, sendo que suas existências “individuais” ganham definição e sentido através do contato com esse todo. A nova noção mecânico-quântica de relacionamento vem co mo conseqüência direta da dualidade onda—partícula e da tendência de que uma “onda de matéria” (ou “onda de probabilidades”) deve se comportar como se estivesse espalhada por todo espaço e tempo. Mas, se todas as “coisas” potenciais se estendem indefinidamente em todas as direções, como se poderá falar em alguma distância entre elas ou conceber alguma separação? Toda as coisas e todos os momentos tocam uns nos outros em todos os pontos; a unidade do sistema completo é suprema. Segue-se disto que a noção antigamente fantasmagórica do “movimento á distância”, em que um corpo influencia o outro instantaneamente apesar de inexistir troca aparente de força ou de energia, é um fato banal e corriqueiro para o físico quântico — um fato tão estranho a qualquer estrutura de tempo e espaço que permanece um dos maiores desafios conceituais levantados pela teoria quântica.

Uma visão da realidade que aceita o movimento instantâneo á distância ou a não-localidade, como é mais adequadamente chamada (princípio que diz que algo pode ser afetado mesmo na ausência de uma causa local), tem uma coloração obviamente mística. Na verdade, ela afronta violentamente o bom senso e a física clássica. Ambos repousam no princípio intuitivo de que, em algum nível, a realidade é composta de componentes básicos, indivisíveis, inerentemente distintos entre si e que qualquer efeito experimentado por uma parte tem uma causa que a explique em outra parte. Além disso, segundo a teoria da relatividade, nenhuma causa (digamos, sinal) é capaz de viajar de um pedaço de realidade para afetar outro mais rapidamente que a velocidade da luz. Assim, quaisquer idéias de influências instantâneas deveriam estar fora de cogitação. Todo o problema da não-localidade é tão difícil que nem sequer foi levantado nos primórdios da teoria quântica, e somente nos últimos anos é que os físicos vêm tentando entender-se com ele. Foi Einstein quem primeiro demonstrou que as equações da teoria quântica prediziam a necessidade de não-localidade instantânea. Para ele, isto era impossível (“fantasmagórico e absurdo”, como disse) e jamais sentiu-se à vontade com as implicações metafísicas mais amplas da física quântica. A previsão da não-localidade era a prova clara de que ele precisava para dizer que a teoria quântica estava “incompleta e mal pensada”, e ele se empenhou para que isso fosse reconhecido.

Num dos famosos paradoxos da física — o Paradoxo de Einstein, Podolsky e Rosen ou E.P.R. — ele demonstrou, de uma vez por todas, como supôs, que a presumida existência das influências não-locais levava a uma contradição. O teor do Paradoxo de E.P.R. pode ser compreendido se imaginarmos o destino de um hipotético par de gêmeos idênticos; nascidos em Londres, mas separados desde o nascimento. Um deles continua morando em Londres. O outro foi viver na Califórnia. Ao longo dos anos não há contato entre os gêmeos; na verdade, um ignora a existência do outro. O bom senso dirá que os gêmeos vêm levando vidas completamente distintas. Mas, apesar de sua separação e da ausência de comunicação entre eles, um psicólogo que vem estudando a vida dos gêmeos observou uma impressionante correlação em seus estilos de vida. Ambos adotaram o apelido de “Badger”, ambos trabalham como advogados no escritório de um procurador da prefeitura, ambos se vestem quase exclusivamente em tons de marrom e ambos casaram-se com loiras de nome Jane na idade de 24 anos. Como se explica tudo isso? O físico quântico não teria nenhuma dificuldade em acreditar na correlação das vidas dos gêmeos. Ele diria que suas equações sempre previram isto e que todas as ligações entre eles são satisfatoriamente explicada pelo fato de suas existências individuais serem aspectos de um todo maior. Mas Einstein achava que isto não bastava. Em sua teoria das variáveis escondidas sugeriu como alternativa (continuaremos utilizando a analogia dos gêmeos) que devia haver algum fator; Na realidade, o Paradoxo de E.P.R. diz respeito a um experimento mental proposto por Einstein, Podolsky e Rosen no qual um físico tentaria medir posição e momento linear de dois prótons que se projetam em direções opostas partindo de uma fonte comum.

David Bohm revisou isto mais tarde sugerindo que o físico medisse o spin de dois prótons, e sua sugestão tornou-se a base para experimentos de real correlação, realizados na década de 70, com fótons ou “partículas de luz”. comum, talvez o material genético comum, que predeterminava a similaridade de suas vidas. A controvérsia foi enfim resolvida por um físico chamado John Bell, que sugeriu uma experiência conhecida como teorema de Bell. Para obedecer ao teorema de Bell, que determina que se interfira com um dos elementos do par para ver o que acontece com o outro, teríamos de escolher um momento e dar um bom empurrão no gêmeo que mora em Londres, fazendo-o cair da escada e quebrar a perna. Ninguém pode sustentar que a herança genética explicaria o fato de o outro gêmeo sofrer uma queda similar lá na Califórnia. Portanto, se o gêmeo da Califórnia continuar são e salvo enquanto sua contrapartida londrina sofre o acidente, então a teoria quântica está errada e Einstein certo; porém, se o gêmeo da Califórnia cair, Einstein está errado e a teoria quântica correta.

Na verdade o que ocorre é que, quando o gêmeo londrino leva o empurrão, o da Califórnia também cai exatamente da mesma forma, no mesmo momento e também quebra a perna, embora ninguém tenha lhe dado um empurrão. Todos os aspectos de suas vidas são inseparáveis. No nível subatômico, tais experimentos de correlação foram realizados muitas vezes usando-se pares de fótons correlatos. As influências não-locais que unem seus “estilos de vida” foram provadas muitas e muitas vezes. Os padrões de comportamento dos fótons são tão extraordinariamente ligados mesmo através de qualquer separação espacial — poderia ser uns poucos centímetros ou todo o Universo — que parece não haver nenhuma distância entre eles. Experiências similares foram realizadas para provar os mesmos efeitos espantosos de correlação no tempo. Eles conseguem vencer o tempo numa espécie de dança sincronizada que desafia toda nossa imaginação tão atrelada ao bom senso;Imagine, por exemplo, o caso de dois barqueiros que transportem mercadorias de um lado para outro do rio, cada qual com seu barco. O barqueiro A com um barco, o barqueiro B com outro. Quando há muito movimento de mercadorias ambos trabalham em período integral, mas nos períodos de movimento fraco decidem trabalhar em turnos. O barqueiro A trabalha de manhã e o barqueiro B à tarde. Nos períodos de muito movimento, quando os dois trabalham o dia todo, escolhem arbitrariamente o barco que irão usar, sendo que nenhum dos dois considera um dos barcos o “seu”. Quando passam a trabalhar em turnos esta arbitrariedade na seleção dos barcos persiste — mas com uma peculiaridade decisiva. Quando o barqueiro A chega para o turno da manhã, escolhe arbitrariamente um dos barcos para usar; quando B chega para cumprir o turno da tarde sempre pega o barco que A não usou pela manhã (embora não tenha meios de saber que barco A usou). Assim, embora os dois barqueiros cheguem ao trabalho em horas diferentes durante o dia, continuam a usar os dois barcos como se ambos estivessem presentes. Seus comportamentos estão ligados, apesar da diferença de tempo entre seus turnos, de tal modo que sempre são correlatos. As correlações demonstradas por um experimento com fótons seguindo esta mesma idéia dos barqueiros hipotéticos foram sempre tão exatamente simétricas que não faz sentido dizer que o barqueiro A escolheu um certo barco prevendo que B escolheria o outro, ou que B escolheu tal barco por algum conhecimento misterioso de qual barco A escolhera antes. Só se pode afirmar que as correlações mostram que dois eventos podem estar relacionados através do tempo de tal modo que garanta que seu comportamento seja sempre “sintonizado”, sendo inútil tentar estabelecer um vínculo de causa e efeito. Tal relacionamento sincrônico é a base de todo o relacionamento mecânico-quântico, o que empresta uma nota bastante moderna à noção grega pré- socrática da “unidade do ser”. Em que medida existem influências não-locais correlatas entre dois corpos ou eventos aparentemente distintos é algo que depende da medida em que um sistema esteja num estado de “partícula” ou de “onda”. As partículas comportam-se mais como indivíduos e são menos correlatas; as ondas apresentam um padrão de comportamento correlato mais do tipo grupal. Voltarei a esta questão em capítulos posteriores ao discutirmos a identidade pessoal e as raízes da alienação. A existência de correlações quânticas não-locais abalou o mundo da física e é um dos principais fatores que impossibilitaram os físicos quânticos de dizer o que significa sua teoria. Será, então, importante nos perguntarmos se o novo conceito de relacionamento alicerçado na não-localidade não nos estará oferecendo uma chave para uma compreensão completamente nova de nós mesmos.

A REALIDADE ACONTECE QUANDO A VEMOS

Desde seus primórdios, a teoria quântica sugeria que algo muito estranho e de suma importância acontece quando observamos um sistema quântico. Fenômenos quânticos inobservados são radicalmente diferentes dos observados — este é um dos pontos principais da história que envolve o gato de Schrödinger. No momento da observação, ou da medição, elétrons previamente inobservados que são tanto ondas como partículas tornam-se ou onda ou partícula; fótons solitários não vistos, que de alguma forma misteriosa haviam conseguido passar por duas aberturas ao mesmo tempo, de repente decidem escolher uma abertura em vez da outra, e o gato vivo e morto se torna algo com o qual podemos nos relacionar. Em suma, o momento em que uma indefinida função de onda quântica de muitas possibilidades é vista (ou medida) tem alguma coisa que a faz “colapsar” para uma única realidade fixa. O gato de Schrödinger não foi simplesmente encontrado já morto quando abrimos a jaula. De alguma maneira estranha que ninguém compreende ainda, ele morreu porque olhamos para ele. A observação matou o gato. Isto é fato quântico comprovado — algo no ato da observação (ou da medição) faz colapsar a função de onda quântica• — e este feto isolado tem implicações que examinaremos mais tarde. Mas por ser um fato sem explicação, e na verdade um fato que não deveria existir, ele deixa todas as perguntas interessantes sem resposta e leva, compreensivelmente, a um bocado de especulação quântica — e a alguma confusão quântica também. 

Embora naturalmente curiosos para saber por que, afinal, o olhar pode matar, não há motivo para nos perdermos nesta confusão. Solucionar o problema do colapso da função de onda é algo bem além da intenção desta série do blog.O argumento é no sentido de que há uma física da consciência, e que esta física nos sugere muitas coisas sobre a ligação entre nós mesmos e a realidade física. A base deste argumento, contudo, é muito diferente daquela utilizada pelos que alegam que foi a própria consciência que matou o gato de Schrödinger. Sua utilização da consciência como um eficaz exterminador de gatos repousa numa compreensão inteiramente diversa da natureza da consciência do que aquela que estarei apresentando mais adiante.

Uns poucos físicos (e muitos de seus divulgadores) propõem que, pelo fato de a teoria quântica demonstrar que nada físico poderia ter exterminado o gato, deve haver alguma explicação não física para sua morte. Algum deus ex- máquina, por assim dizer, entra na história, vindo de fora das leis da física para salvar Schrödinger, seu gato e todos nós de um excesso de possibilidades. Este agente metafísico da realidade não pode ser o aparelho de medição do observador nem seu cérebro ou sua mente, que são todos do mundo físico e, portanto, previstos na equação de Schrödinger. Assim, deve ser o próprio observador quem mata o gato — isto é, a consciência incorpórea, imaterial do observador.

Segundo esta visão, proposta principalmente pelos físicos quânticos John Archibald Wheeler e Eugene Wigner , a consciência humana é o elo perdido entre o bizarro mundo dos elétrons e a realidade do cotidiano. Ironicamente, esta conclusão se aproxima muito da minha, mas as razões pelas quais cheguei a ela são radicalmente diferentes, e esta diferença é importante para tudo o que vem mais adiante neste livro. Aqueles que concluem que a consciência provoca o colapso da função de onda porque sua natureza é essencialmente não física comprometem-se e comprometem a física quântica com a velha visão cartesiana de que a mente e a matéria são entidades distintas. Eles vêem a consciência como algo necessariamente externo ao mundo físico e, portanto, como algo alheio a ele — um “fantasma dentro da máquina”. Também deixam a porta aberta para especulações anti-realistas no sentido de que “a realidade só existe na mente” e que não existe nenhum mundo se não houver alguém observando, deixando-nos a imaginar como é que nós surgimos, então. Que ser consciente estava aqui no início de tudo para provocar o colapso da primeira função de onda?

Os argumentos para sugerir que a consciência é um elo de ligação importante entre o mundo quântico e o da nossa experiência diária ,têm uma origem muito diferente. Todo o projeto de definir um novo “ser quântico” repousa na argumentação de que a física quântica, e mais especificamente um modelo mecânico-quântico da consciência, permite que vejamos a nós mesmos — nossas almas, se quiser — como parceiros integrais dos processos da natureza, “tanto na matéria como da matéria”. Este item de argumentação tem implicações muito diferentes para quem está procurando compreender como nós, criaturas conscientes, nos relacionamos com tudo o mais no Universo. 

Como a realidade acontece depende de como a vemos

Já vimos que o ato de observar um sistema quântico o transforma num objeto comum. Nossa mera interferência na natureza a transforma, e este simples ato nosso exigiria que mudássemos totalmente nossa maneira de nos vermos e a nosso lugar dentro do mundo natural. Mas, ainda pior para aqueles que gostam de pensar que o mundo “é desse jeito mesmo e pronto”, nossa interferência tem uma dimensão inesperada. Não só a observação de alguma maneira traz o colapso da função de onda, ajudando-nos assim a ter um mundo, mas ocorre que o modo especial que escolhemos para observar a realidade quântica determina parcialmente o que veremos. A função de onda quântica contém muitas possibilidades e depende de nós qual delas será realizada. Um fóton, por exemplo, tem ambas as possibilidades: de posição (com sua natureza partícula) e de momentum (com sua natureza onda). Um físico poderá armar seu experimento para medir, e portanto determinar, qualquer uma delas — embora ao determinar uma delas ele perderá a outra (princípio da incerteza de Heisenberg).

Fonte: http://hypescience.com/mecanica-quantica-alma/

A Terceira Inteligência: o “QS”

No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional (QE) mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções. A ciência começa o novo milênio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual (QS). Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.

No livro ‘QS – Inteligência Espiritual’, lançado no ano passado, a física e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida.

Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado “Ponto de Deus” no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas. O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune. Afirma Dana: “A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual”.

INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL: TODOS TEMOS UM “PONTO DE DEUS” NO CÉREBRO

Entrevista Dana Zohar : Revista Exame

O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.
De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência?
Os cientistas descobriram que temos um “ponto de Deus” no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influencia a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. Inteligência espiritual fala da alma. O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.

Por que somente agora o mundo corporativo se preocupa com isso?

O mundo dos negócios atravessa uma crise de sustentabilidade. Suas atitudes e práticas atuais, centradas apenas em dinheiro, estão devastando o meio ambiente, consumindo recursos finitos, criando desigualdade global, conduzindo a uma crise de liderança nas empresas e destruindo a saúde e o moral das pessoas que trabalham ou cujas vidas são afetadas por elas. Espiritualidade nos negócios significa simplesmente trabalhar com um sentido mais profundo de significado e propósito na comunidade e no mundo, tendo uma perspectiva mais ampla, inspirando seus funcionários. Nós não sabemos mais o que é realmente a vida. Não sabemos qual é o jogo que jogamos nem quais são as regras. Falta-nos um sentido profundo de objetivos e valores fundamentais. Essa crise de significado é a causa principal do estresse na vida moderna e também das doenças.
A busca de sentido é a principal motivação do homem. Quando essa necessidade deixa de ser satisfeita, a vida nos parece vazia. No mundo moderno, a maioria das pessoas não está atendendo a essa necessidade.

Como se pode detectar os sintomas dessa crise na vida corporativa?

Desde o surgimento do capitalismo, há 200 anos, tudo que importa no mundo dos negócios é o lucro imediato. Isso criou uma cultura corporativa destituída de significado e de valores mais profundos. Nós apenas queremos mais dinheiro. Mas para quê? Para quem? Trabalhamos para consumir. É uma vida sem sentido. Isso afeta o moral, tanto dos dirigentes quanto dos empregados, sua produtividade e criatividade. E também afasta dos negócios preocupações mais amplas com o meio ambiente, a comunidade, o planeta e a sustentabilidade. O mundo corporativo é um monstro que se autodestrói porque lhe falta uma estrutura mais ampla de significado, valores e propósitos fundamentais. Há uma profunda relação entre a crise da sociedade moderna e o baixo desenvolvimento da nossa inteligência espiritual.

Quais companhias a têm chamado para desenvolver trabalhos que busquem elevar o quociente espiritual de dirigentes e empregados?

Não posso citar seus nomes, mas tenho atendido a bancos, financeiras, empresas de telecomunicações, de petróleo e montadoras de automóveis. Trabalhamos juntos para adquirir a compreensão de que as atitudes e práticas existentes são insustentáveis e como as empresas podem desenvolver tanto a sustentabilidade como os serviços cultivando as dez qualidades do quociente espiritual.
A senhora poderia citar exemplos de companhias ou empresários que estejam buscando mais sentido em seu trabalho?
Há muitos exemplos. Mats Lederhausen, o vice-presidente de estratégia global do McDonald s, é um deles. Sua função na empresa é ser a voz de protesto e consciência, sacudindo as pessoas, agitando o barco. Ele iniciou projetos como a distribuição gratuita de vacinas antipólio na África, a luta contra plantações geneticamente modificadas, o uso de gaiolas maiores para galinhas e um trabalho para restaurar ecossistemas danificados.
Outro exemplo é a Amul, empresa da Índia que distribui para o Estado de Gujarat o leite de 10 000 cooperativas. A Amul compra todos os dias o leite de camponeses que possuem apenas uma vaca, permitindo que indivíduos pobres possam competir com grandes fazendeiros. O Banco de Desenvolvimento da Ásia se dedica à erradicação da pobreza com programas de micro-crédito para pessoas muito pobres.
A British Petroleum adotou um novo slogan, “Além do Petróleo”, e está colocando o grosso de seus fundos de pesquisa no desenvolvimento de tecnologias energéticas alternativas, menos agressivas ao meio ambiente. John Browne, o CEO da companhia, conseguiu aumentar o valor das ações enfatizando relações de longo prazo entre sua empresa e a sociedade.

Como é o líder espiritualmente inteligente?

É um líder inspirado pelo desejo de servir, uma pessoa responsável por trazer visão e valores mais altos aos demais e por lhes mostrar como usá-los. É uma pessoa que inspira as outras. Gente como o Dalai Lama, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi. No mundo dos negócios, Richard Branson, da Virgin, é um líder espiritualmente inteligente. Ele está muito preocupado com o meio ambiente e a comunidade. É muito espontâneo, tem visão e valores, tem perspectivas amplas.

Como se pode desenvolver a inteligência espiritual?

Tomando consciência das dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes e trabalhando para desenvolvê-las. Procurando mais o porquê e as conexões entre as coisas, trazendo para a superfície as suposições que fazemos sobre o sentido delas, tornando-nos mais reflexivos, assumindo responsabilidades, sendo honestos conosco mesmos e mais corajosos. Tornado-nos conscientes de onde estamos, quais são nossas motivações mais profundas. Identificando e eliminando obstáculos. Examinando as numerosas possibilidades, comprometendo-nos com um caminho e permanecendo conscientes de que são muitos os caminhos.
De que forma as pessoas espiritualmente inteligentes podem beneficiar as corporações?
As pessoas com QS elevado querem sempre fazer mais do que se espera delas. Algo para além da empresa. Quem trabalha unicamente por dinheiro não faz o melhor que pode. Nas empresas em que se busca desenvolver espiritualmente os funcionários, a produtividade aumenta porque eles ficam mais motivados, mais criativos e menos estressados. As pessoas dão tudo de si quando se procura um objetivo mais elevado. Se as organizações derem espaço para as pessoas fazerem algo mais, se souberem desenvolver em cada indivíduo sua inteligência espiritual, terão mais resultados e mais rapidamente.

A senhora diz que o capitalismo como se conhece hoje está com os dias contados, mas que um novo capitalismo está nascendo. Como ficam as empresas com essa nova perspectiva?

Está surgindo um novo tipo de empresa. É uma empresa responsável. No novo capitalismo sobreviverão as companhias que têm visão de longo prazo, que se preocupam com o planeta, em desenvolver as pessoas que nelas trabalham. Que se preocupam, sim, com o lucro, mas que querem ganhar dinheiro para desenvolver as comunidades em que atuam, proteger o meio ambiente, propagar educação e saúde.

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo.

2. São conduzidas por valores humanos. São idealistas e creem na vida.

3. Têm capacidade de encarar desafios e utilizar a adversidade a seu favor.

4. São holísticas – têm a visão do todo integrado e a percepção da unidade.

5. Celebram a diversidade como fonte de beleza e aprendizado.

6. Têm independência de pensamento e comportamento.

7. Perguntam sempre “por quê?” e “para que”. São agentes de transformações.

8. Têm capacidade de colocar as coisas e os temas num contexto mais amplo.

9. Têm espontaneidade de gestos e atitudes, e são equilibradas emocionalmente.

10. São sensíveis, fraternas e compassivas.

 

Glândula Pineal

A epífise neural, glândula pineal ou simplesmente pineal é uma pequena glândula endócrina localizada perto do centro do cérebro, entre os dois hemisférios, acima do aqueduto de Sylvius e abaixo do bordelete do corpo caloso, na parte anterior e superior dos tubérculos quadrigémeos e na parte posterior do ventrículo médio. Está presa por diversos pedúnculos. Apesar das funções desta glândula serem muito discutidas, parece não haver dúvidas quanto ao importante papel que ela exerce na regulação dos chamados ciclos circadianos,que são os ciclos vitais (principalmente o sono) e no controle das atividades sexuais e de reprodução.

A glândula pineal tem sido considerada – desde René Descartes (século XVII), que afirmava que nela se situava a alma humana – um órgão com funções transcendentes. Além de Descartes, um escritor inglês com o pseudónimo de Lobsang Rampa, entre outros, dedicaram-se ao estudo deste órgão.

Com a forma de pinha (ou de grão), é considerada por estas correntes religioso-filosóficas como um terceiro olho devido à sua semelhança estrutural com o órgão visual. Localizada no centro geográfico do cérebro, seria um órgão atrofiado em mutação com relação em nossos ancestrais.

As glândulas hipófise e pineal são místicas por excelência. “Místicas” no sentido de misteriosas, pois a ciência ainda conhece pouco sobre elas, principalmente a pineal, e também por serem cultuadas por algumas ordens, seitas, filosofias etc.

A biologia tem muitas dúvidas sobre essas glândulas, mas existem estudiosos que afirmam pertencerem elas a uma classe de órgãos que permanecem estacionários e latentes.

Há quem sustente que, em outras épocas, quando o ser humano estava em contato com os mundos internos , esses órgãos eram os meios de ingresso a eles e tornarão a servir a esse propósito em seu estágio ulterior.

A pineal é o órgão físico da visão etérea e astral, como muitos afirmam. Ela está situada no lado occipital, por cima e atrás da região da visão comum.

Na Índia, é o terceiro olho, o olho de Shiva (o terceiro membro da trindade do hinduísmo: Brahma, Vishnu, Shiva ou Siva).

Ao longo de estudos, procurou-se considerar a glândula pineal como simples remanescente de um olho ancestral, isso porque no lagarto ocelado – que tem ocelos (olhinhos) – existe uma vesícula fechada, de parede cristalina anterior e uma retina (pequena rede de nervos), formado por bastonetes (tipos de células em forma de bastão que fazem parte do sistema celular dos olhos) cercado de pigmentos em conexão com o nervo epifisário da pineal. Essa vesícula está situada em cima da cabeça do animal, embaixo da pele desprovida de pigmento e dentro de um orifício craniano. Esse olho ímpar apresenta-se mais ou menos degenerado nos demais lagartos. Não nos esqueçamos que a Teoria da Evolução nos considera um réptil que foi desenvolvendo cérebros sobrepostos (Paul MacLean, A Teoria do Cérebro Trino).

René Descartes (1596-1650) (em latim Cartesius, daí o adjetivo “cartesiano”), filósofo, místico e fundador da moderna matemática, considerava a pineal como a sede da alma racional . O termo “racional” deriva-se do latim ratio (pronuncia-se /rácio/), palavra que significa “comparação”. Para este filósofo, a pineal era a glândula do saber, do conhecer.

Segundo ainda esse filósofo francês, a glândula pineal “transforma a informação recebida em humores que passam por tubos para influenciar as atividades do corpo”.

É preciso notar que durante muito tempo predominou na medicina na Antiguidade, a doutrina do humorismo . Pensava-se que a disposição da pessoa dependia da natureza dos humores orgânicos (sangue, linfa, pituíta e bílis); assim, por exemplo, da secreção da bílis dependia o bom ou mau humor. Por exemplo, “atrabiliário”, que significa “melancólico”, “colérico”, “violento” vem de atra bilis , “bílis negra”, humor que se supunha ser secretado pelos coléricos. “Melancolia” vem do grego melagcholia , “negra bílis”, pelo latim melancholia .

O sistema de Hipócrates, o mais ilustre médico da Antiguidade (aproximadamente 460-377 a.C.), baseia-se na alteração dos humores, que também era o sistema de Galeno (131 – cerca de 201), outro famoso médico da Grécia antiga, considerado por muitos o pai da neurofisiologia. O célebre provérbio: “Hipócrates diz sim, mas Galeno diz não”, não significa antagonismo entre o sistema dos dois médicos. é uma maneira jocosa a respeito das contradições das opiniões médicas quando elas ocorrem.

Do que foi exposto, deduzimos que a pineal representa um portal que permite ao Eu Sápico exercer influência bastante definida sobre o Eu Físico.

À luz dos conhecimentos científicos atuais, a pineal é freqüentemente chamada de “reguladora das reguladoras”, governando muitas atividades do hipotálamo e da hipófise.

A pineal é composta de células perceptoras cujo grau de intensidade ainda não sabemos. A luz, recebida por intermédio dos olhos e do corpo todo, influencia a função da pineal e, por isso, regula o ciclo vigília /sono.

Hoje em dia, fala-se e usa-se muito o hormônio melatonina para regular o ciclo vigília/sono. Este hormônio da pineal é produzido durante a noite para o sono e cessa com o sol, para despertar, falando-se de maneira simples.

O excesso de melatonina parece gerar depressão e aí estaria a grande incidência de depressão nos países em que o sol aparece com pouca freqüência.

Direta ou indiretamente, a pineal funciona, então, como um olho para a luz e não será ela “os olhos da mente”?

Como cuidar desse pequeno regulador interno

Os neurologistas buscam acima de tudo separar esse aspecto místico ou espiritual do científico. Estamos diante de uma pequena estrutura que apresenta muitos aspectos ainda desconhecidos e por isso publicações como o “Journal of Pineal Research” nos oferecem constantes estudos visando delimitar um pouco mais a epífise cerebral, que muitos consideram como uma “chave mestra” da ativação de grande parte de nossas glândulas internas.

Propomos agora um simples exercício. A partir de agora vamos ter em mente esse “pequeno olho” interno que regula secretamente muitos de nossos ciclos no dia a dia. Pense nele como se fosse uma bússola e como um pequeno e maravilhoso órgão que permitirá que você sintonize muito melhor o seu corpo e o ambiente ao seu redor.

glândula-pineal-ilustração

Chaves para cuidar da nossa glândula pineal

A seguir daremos alguns conselhos para você cuidar dessa chave mestra:

  • Regule seus ciclos e hábitos de vida. A glândula pineal é um regulador endócrino sensível à luz, isso significa que precisa manter uma adequada harmonia com os ritmos da luz solar. Por isso, é aconselhável dormir sempre na mesma hora.
  • Outro aspecto a ter em mente sobre essa estrutura é que os campos eletromagnéticos a afetam. Da mesma forma que a luz, esses tipos de ondas interrompem o processo de secreção de melatonina. Algo tão comum como ir para a cama com o celular ou o computador pode provocar pequenas alterações na glândula pineal. Tudo isso se traduz em insônia, fadiga, estresse ou redução do rendimento no trabalho… É muito importante ter isso em mente.
  • A meditação e os instantes de calma. A epífise cerebral permite que potencializemos nossos instantes de calma e relaxamento para nos conectarmos melhor com nós mesmos. As pessoas que praticam a meditação experimentam uma sensação agradável graças às endorfinas liberadas pela glândula pineal, nos recompensando por esses instantes enriquecedores onde corpo e mente encontram-se em harmonia.

Como você pode ver, estamos diante de um tema interessante que tem novos aspectos sendo descobertos a cada dia.

EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS  PARA A GLÂNDULA PINEAL

É indicado ao praticante fazer estes exercícios, sentado e com os olhos fechados. Observe a localização da glândula pineal no topo do crânio. Faça os exercícios procurando sentir a localização da pineal. Coloque também sua atenção na respiração, lembrando-se do alimento necessário ao Sistema Nervoso Central.

 

EXERCÍCIO 1: Massagear o alto do crânio                       

♦ Faça um movimento circular com a polpa dos dedos das duas mãos sobre o couro cabeludo, no alto da caixa craniana. Investigue vagarosamente até encontrar uma reentrância. Sinta-a com os dedos. Esse ponto corresponde à “moleira” dos recém-nascidos.

♦ Massageie esse ponto usando os dedos indicador e médio. Procure perceber qual o sentido mais confortável [horário ou anti-horário].

♦ Massageie lentamente o ponto sem provocar atrito com a pele. Perceba que o couro cabeludo, muito colado no início, se desprende melhor depois de certo tempo.

♦ Faça essa massagem sem pressa, no seu ritmo e no seu tempo. É importante salientar que este ponto é o local de união de todos os meridianos. A prática é ótima antes de dormir, pois a glândula pineal é a rainha do sono profundo.

 

EXERCÍCIO 2: Massagear para frente e para trás o couro cabeludo com os dedos

♦ Outra forma indicada e confortável é puxar o couro cabeludo para frente e para trás sempre a partir desse ponto [no alto da caixa craniana].

EXERCÍCIO 3: Tamborilar o alto do crânio com os dedos

♦ A seguir você vai “tamborilar” com os dedos médios o ponto no alto da caixa craniana, onde se localiza a glândula pineal. A ação do toque deve ser amorosa, não use força.

♦ Perceba o que está sentindo. Você poderá sentir calor, salivação, enjoo, um mental tranquilo.

 

EXERCÍCIO 4: Massagear a fronte na linha do início do couro cabeludo e a “coroinha”

♦ Coloque o dedo médio e indicador da mão direita na fronte, precisamente no início do couro cabeludo, alinhados com o nariz. Massageie este ponto com os dois dedos. Escolha o sentido que for mais confortável e agradável.

♦ Faça as massagens nos pontos cranianos sempre vagarosamente e observando seu próprio ritmo e tempo.

♦ Continue massageando esse ponto e com os dedos da outra mão encontre uma reentrância na parte posterior do crânio (um pouco mais atrás do topo da cabeça), acima do cerebelo. Esta reentrância ou depressão corresponde ao lugar chamado de “coroinha”. Os religiosos costumam marcar bem essa região, usualmente rasurando os cabelos num formato circular.

♦ Coloque o dedo médio e indicador sobre esse ponto e massageie no sentido que achar mais confortável. Perceba as sensações [dor, calor, lágrimas, relaxamento nos nervos oculares, sensação de estímulo da tiroide, sensação do palato, sensação de sair do tempo].


FINALIZAÇÃO: Irradiando calor com as mãos

♦ Em seguida, aqueça as mãos friccionando-as e colocando-as no topo da cabeça. Deixe que as mãos escolham qual deve ficar em cima e qual deve ficar embaixo. Perceba o calor que a fricção das mãos provoca. Sinta o calor irradiando para a pineal e a resposta receptiva dessa glândula ao calor. Faça contato com a glândula pineal, enviando-lhe afeto, reconhecendo todo o complexo trabalho que faz no seu organismo. Reconheça sua importância no equilíbrio geral do organismo e no retardamento do envelhecimento. Ao fazer isto, a glândula recebe calor e magnetismo.

OBSERVAÇÕES

As tradições respeitavam a glândula pineal e a consideravam alinhada ao mais elevado centro espiritual. Os hindus entendiam que dentro do Lótus de Mil Folhas ou Chakra da Coroa, encontrava-se o verdadeiro centro do coração. Na tradição judaica usa-se até hoje o kipá [usado no topo da cabeça]. É usado para lembrar o usuário de sua reverência diante de Deus. Na mitologia grega, Hermes [Mercúrio] era representado com um capacete alado, símbolo de invulnerabilidade e de potência. Hades [Plutão] possuía um barrete que adornava sua cabeça e o tornava invisível. Os católicos representam os santos com auréolas ou halos dourados. Desta forma, a “coroa” no alto da cabeça tem um significado que não poderíamos omitir. Sua forma circular indica a participação da natureza celeste, um “Dom” vindo de cima, um poder, o acesso a um nível e a forças superiores.

Professor Luiz Machado, Ph.D.
Cientista Fundador da Cidade do Cérebro
Mentor da Emotologia

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE → Saiba as causas, os sintomas e o tratamento

Transtornos de Ansiedade → Saiba as causas, sintomas e tratamentos!

Os Transtornos de Ansiedade podem ser considerados como os principais males do mundo moderno.

Não é de hoje que eles existem, mas a rotina corrida e os diversos compromissos diários, somados ao estresse, pressões profissionais, fobias e privações socais constantes, potencializam o desenvolvimento desses tipos de desordem mental.

Para ter uma ideia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 33% da população mundial sofre de algum tipo de Transtorno de Ansiedade, e os brasileiros figuram entre os primeiros dessa lista.

Como consequência disso, os Transtornos de Ansiedade são a terceira causa dos afastamentos profissionais no país, gerando gastos de mais de R$ 200 milhões anuais em pagamentos de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Alarmante, não é mesmo?

Por isso, neste post, vamos explicar tudo sobre Transtornos de Ansiedade, suas causas e sintomas, e mostrar como tratá-los de forma natural. Confira! 

Conteúdo:

  • 1 O QUE É ANSIEDADE
    • 1.1 CONHECENDO OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
      • 1.1.1 Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
        • 1.1.1.1 Sintomas de TAG
      • 1.1.2  Pânico
        • 1.1.2.1 Sintomas de Pânico
      • 1.1.3 Reação Aguda ao Estresse
        • 1.1.3.1 Sintomas da Reação Aguda ao Estresse
      • 1.1.4 Transtorno de Estresse Pós-Traumático
        • 1.1.4.1 Sintomas de TEPT
      • 1.1.5 Transtorno Obsessivo Compulsivo
      • 1.1.6 Agorafobia
  • 2 FOBIAS
  • 3 O QUE CAUSA OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
  • 4 TRATAMENTO PARA OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
  • 5 HIPNOSE NO TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

O QUE É ANSIEDADE

Em conceituação mais ampla, pode-se definir a ansiedade como um estado de tensão e alerta diante de determinada situação, seja esta real ou imaginária.

Os motivos que desencadeiam o sentimento de ansiedade podem estar relacionados a eventos que ainda vão acontecer, ou podem habitar somente a mente do indivíduo, com a possibilidade de que os fatos nunca venham a ocorrer.

O indivíduo ansioso vive constantemente preocupado com o futuro. O termo preocupação já indica a ação de se pré-ocupar, ou seja, antecipar cargas emocionais que não deveriam ser absorvidas no momento presente.

A ansiedade já é definida como um dos males do século, a sociedade vive permeada pelo sentimento de urgência e as pessoas, em sua autocobrança, estão exauridas de tantas tarefas e informações que devem processar continuamente.

Diante de todas essas questões, é comum o autodiagnostico. Muitas pessoas se autointitulam como ansiosas, mas nem todas apresentam Transtornos de Ansiedade.

Medo e ansiedade são reações naturais, fisiológicas, e até benéficas para qualquer ser humano em situações de desconforto, apreensão, expectativa ou dúvida.

A ansiedade não deve ser interpretada apenas como vilã. Se considerarmos que ela nos impulsiona para a ação e integra nosso instinto de sobrevivência, vemos que também é um elemento necessário e, por vezes, positivo.

Existe também o sentimento bom de ansiedade e expectativa, por exemplo, quando estamos às vésperas de um grande acontecimento como o dia do casamento, o nascimento de um filho, o baile de formatura, uma viagem de férias ou o início de um romance.

O sentimento de ansiedade não representa um quadro de transtorno psicológico, existem diversos critérios diagnósticos que são observados para comprovar a instauração de uma desordem.

Também é comum confundir estresse com ansiedade, já que os dois quadros andam lado a lado e desenvolvem alguns sintomas semelhantes.

Porém, em muitos casos, essas sensações de tensão, preocupação e desgaste emocional se prolongam por grandes períodos e deixam de ser algo natural e esporádico, tornando-se um estado permanente e excessivo, que passa a afetar negativamente a vida das pessoas.

O problema se agrava quando a ansiedade se torna altamente prejudicial, causando limitações no funcionamento adaptativo do indivíduo.

CONHECENDO OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

O significado original da palavra ansiedade é “estrangular, oprimir, sufocar”, de acordo com o termo grego anshein, o que traduz com clareza os sintomas apresentados pelas pessoas com algum tipo de Transtorno Ansioso.

Os Transtornos de Ansiedade envolvem diversos quadros da doença, cada um com suas características específicas. É importante delinear cada caso com precisão, saber exatamente em qual tipo de Transtorno Ansioso se encaixa, para garantir um prognóstico efetivo.

  • TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)

O Transtorno de Ansiedade Generalizada corresponde a um quadro onde os sentimentos de ansiedade, tensão e preocupação tomam proporções excessivas, e afetam o indivíduo continuamente, causando um intenso desgaste psíquico.

O estado permanente de angústia, apresentado nos casos de TAG, nem sempre é desencadeado por alguma razão, por vezes, nem mesmo o próprio indivíduo consegue identificar os motivos das suas preocupações.

SINTOMAS DE TAG

Quem convive com o Transtorno de Ansiedade Generalizada sofre com preocupações excessivas constantes, problemas para dormir, dificuldade de concentração, fadiga, irritabilidade, tensões musculares, medos irracionais, alterações de humor, transpiração excessiva, refluxo gástrico e falta de ar.

A Ansiedade Generalizada também está associada ao desenvolvimento de outros Transtornos Ansiosos como Pânico, comportamentos compulsivos e fobias como medo de falar em público, por exemplo.

O Transtorno de Ansiedade Generalizada é diagnosticado a partir da manifestação recorrente dos sintomas: quase todos os dias da semana durante, aproximadamente, seis meses, interferindo negativamente em quase todos os aspectos da vida, sejam eles profissionais, pessoais, amorosos, familiares e na própria saúde do indivíduo.

  •  PÂNICO

    transtorno de ansiedade

O indivíduo com Transtorno do Pânico é acometido por sentimentos repentinos de angústia, desespero, sensação de catástrofe iminente, medo de morrer, medo de enlouquecer e perder o controle.

As crises de Pânico são súbitas, imprevisíveis, isso faz com que o indivíduo que sofre com essa desordem fique em constante estado de alerta e preocupação, sem saber quando e onde uma nova crise poderá acontecer.

SINTOMAS DE PÂNICO

Entre os sintomas presentes nos quadros de Transtorno do Pânico estão: falta de ar; taquicardia; tremores; calafrios; dor no peito; sudorese; vertigens; enjoo; medo da morte; incapacidade de se controlar.

Para que o Pânico seja diagnosticado, o indivíduo deve apresentar ao menos quatro dos sintomas citados acima, considerando que nas crises de Pânico, estes sintomas aparecem subitamente, e se instauram com alta intensidade em menos de dez minutos.

  • REAÇÃO AGUDA AO ESTRESSE

 Trata-se de um quadro temporário, não crônico, acarretado pela exposição a situações altamente estressantes, que envolvam desgaste físico ou mental.

O desenvolvimento da Reação Aguda ao Estresse é comum em pessoas que sofreram algum tipo de violência, como assalto, assim como em casos de convivência contínua com situações estressoras, como lares violentos, insatisfação com o ambiente de trabalho ou problemas crônicos de saúde agravados.

Os sintomas desse quadro podem atenuar, e até desaparecer, após um curto período de tempo.

Por outro lado, existe o risco de que se transforme em um transtorno ansioso de maior gravidade, como Transtorno de Ansiedade Generalizada ou TEPT- Transtorno do Estresse Pós-Traumático.

SINTOMAS DA REAÇÃO AGUDA AO ESTRESSE

Os sintomas desse quadro incluem: ondas de calor, transpiração, taquicardia, desorientação e aturdimento, agitação, e até estados parciais de amnésia.

  • TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO

Este quadro se instaura em casos em que as pessoas vivenciam situações altamente estressoras e angustiantes. Trata-se de um transtorno muito comum em ocorrências de sequestro, estupro, acidentes graves, perdas trágicas, guerras e desastres naturais.

O indivíduo com Estresse Pós-Traumático é acometido frequentemente por pensamentos intrusivos, ou pesadelos, que o levam a reviver o momento do trauma.

As lembranças surgem acompanhadas de sentimentos de ansiedade e angústia, semelhantes às sensações experimentadas na ocasião traumática.

Essas recordações torturantes fazem com que a vítima com TEPT apresente comportamentos de isolamento e evitação em relação a tudo que lembre o fato vivido, algumas pessoas evitam até mencionar o assunto, para não recordar.

Por exemplo, uma vítima de violência, como sequestro, assalto ou estupro, pode evitar sair de casa porque algumas pessoas na rua a fazem se lembrar do agressor, assim como se mantém dominada pelo medo de que o acontecimento se repita.

Uma pessoa que desenvolveu TEPT após um grave acidente de automóvel, pode ficar longos períodos sem conseguir entrar em um carro.

O Transtorno de Estresse Pós-Traumático acaba se tornando uma condição limitante, e deve ter o devido acompanhamento profissional, caso contrário pode desenvolver ou agravar outros quadros de Transtornos Ansiosos, como casos específicos de fobia.

SINTOMAS DE TEPT

Os sintomas e complicações desse transtorno são:

  • Recordações constantes e intrusivas do evento traumático, acompanhadas de aflição intensa;
  • Comportamentos de esquiva e retraimento;
  • Desprazer e falta de vontade de viver (anedonia);
  • Insônia;
  • Estado contínuo de alerta (hipervigilância);
  • Comorbidade com outros Transtornos Ansiosos ou Depressão;
  • Ideação suicida.

  • TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO

 Conhecido como TOC, o Transtorno Obsessivo Compulsivo é caracterizado pela recorrência de pensamentos intrusivos acompanhados de compulsões mentais ou comportamentais.

As compulsões são atos repetitivos, excessivos, que comprometem a vida funcional do indivíduo, já que consomem muito tempo. São rituais mentais ou comportamentais executados para diminuir a ansiedade provocada pelas obsessões.

As obsessões são representadas por pensamentos, ideias ou imagens indesejadas, que invadem a mente do indivíduo com TOC de forma súbita, causando intensa ansiedade e aflição. A pessoa é incapaz de controlar ou banir tais pensamentos obsessivos.

  • Exemplos de TOC

A prevalência do Transtorno Obsessivo Compulsivo é bem alta, a doença é mais comum do que parece e já acomete milhões de pessoas.

As obsessões mais comuns são relacionadas à limpeza, organização, medo de contaminação, dúvidas repetidas, impulsos de agressividade e pensamentos associados à sexualidade e religião.

As compulsões que se manifestam na maioria dos casos são:

  • Mania excessiva de limpeza;
  • Tomar banho ou lavar as mãos com frequência exagerada;
  • Averiguar diversas vezes se executou determinada ação, como trancar a porta, apagar o fogo, desligar interruptores;
  • Organizar o ambiente constantemente, respeitando ordem e simetria dos objetos;
  • Rituais mentais que reduzem a aflição causada por pensamentos inaceitáveis e obsessivos, como a ideia de machucar um filho, por exemplo.
  • AGORAFOBIA

Este é mais um dos tipos de Transtornos de Ansiedade, e comumente está presente nos quadros de Pânico.

A Agorafobia é definida pelo medo e apreensão de andar na rua, sair sozinho, frequentar espaços abertos, lugares públicos.

O agorafóbico tem medo de se descontrolar em público, medo de ficar desamparado, de não ser socorrido caso precise, de não encontrar saída em situações de emergência.

Nos casos associados ao Pânico, o indivíduo se sente apreensivo com a possibilidade de apresentar crises em público e passar por constrangimentos.

FOBIAS

As fobias são Transtornos de Ansiedade caracterizados pelo medo incontrolável e limitante de determinada situação, objeto ou animal, como por exemplo:

  • Fobia social: medo de exposições públicas;
  • Claustrofobia: medo de espaços fechados;
  • Aracnofobia: medo de aranhas.

O QUE CAUSA OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

Quando não se trata de uma causa biológica, provocada por uma anomalia química do cérebro ou problemas hormonais, os Transtornos de Ansiedade podem ser desencadeados por diversos fatores, como grande exposição ao estresse do dia a dia, problemas financeiros, vulnerabilidade social, abuso de substâncias como cafeína, álcool e nicotina, traumas de infância ou transtornos de personalidade.

O grande problema é que, na maioria das vezes, apesar dos sintomas persistentes, a doença acaba por não ser tratada ou isso é feito de maneira tardia.

Os Transtornos de Ansiedade também são, muitas vezes, confundidos com depressão, alcoolismo ou com dependência química, em que ocorrem abusos na tentativa de amenizar os sintomas, o que acaba por gerar pensamentos e comportamentos suicidas.

TRATAMENTO PARA OS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

Como as causas dos Transtornos de Ansiedade podem ser muitas, cada caso é diferente do outro. O difícil diagnóstico faz com que a medicina comum trate e controle apenas os sintomas com medicamentos fortes e de uso restrito.

É bastante comum, diante das primeiras manifestações de Transtornos de Ansiedade, as pessoas procurarem tratamentos farmacológicos. Os ansiolíticos, remédios para o controle da ansiedade, são amplamente consumidos pela população brasileira.

Existem diversas alternativas para abrandar os sintomas de ansiedade sem necessidade de intervenção medicamentosa, incluindo alguns tipos de terapias holísticas e hábitos de vida saudáveis, que podem agir no funcionamento do organismo e promover resultados efetivos.

Vínculos emocionais e mudanças comportamentais também são meios auxiliares de tratar quadros de ansiedade, considerando que são ações capazes de estimular a produção de importantes neurotransmissores.

  • Alimentação saudável

Uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas e aminoácidos, como triptofano, por exemplo, contribui para a produção de serotonina, o neurotransmissor responsável por regular o humor, considerado um dos hormônios da felicidade.

Entre os alimentos que contém triptofano e aumentam a produção de serotonina estão: proteínas (peru, peito de frango, peixe, ovos, etc.); banana; chocolate meio amargo; abacate; nozes; queijo; batata; beterraba.

Para atenuar os níveis de ansiedade, também é importante evitar os alimentos que elevam o cortisol.

O cortisol é conhecido como o hormônio do estresse, e potencializa os sintomas de ansiedade. Alimentos com alto índice glicêmico, como açúcar e carboidratos refinados, aumentam os níveis de cortisol na corrente sanguínea.

  • Exercícios físicos

A prática de atividades físicas também contribui positivamente para o tratamento de Transtornos de Ansiedade, já que estimula a produção de outro importante neurotransmissor, a endorfina, conhecida por proporcionar relaxamento e bem estar.

A endorfina é considerada um analgésico natural e promove estados de euforia. Além dos exercícios físicos, atividades como cantar, dançar e trabalhar em grupo também favorecem o aumento de endorfinas no organismo e, por consequência, reduzem a sensação de ansiedade.

  • Traçar metas atingíveis

Algumas atitudes e mudanças de comportamento são fundamentais no tratamento da ansiedade. Estabelecer metas de curto prazo, e alcançá-las, é uma ação extremamente benéfica para o bem estar emocional, já que isso é capaz de fazer com que o corpo produza mais dopamina.

A dopamina é o terceiro hormônio que compõe o “quarteto da felicidade”, e está associada aos sentimentos de prazer, amor, motivação e autorrealização.

Essa substância também é ativada quando cumprimos algum objetivo. A sensação de vitória e dever cumprido é uma das chaves que aciona a dopamina, e se reflete na elevação do bem estar.

Portanto, traçar pequenas metas, atingi-las e comemorar as pequenas conquistas é uma ação comportamental efetiva no tratamento de Transtornos de Ansiedade.

  • Manter vínculos emocionais

A oxitocina é o último, e talvez o mais importante, neurotransmissor do “quarteto da felicidade” (serotonina, endorfina, dopamina e oxitocina). Este é o hormônio dos vínculos afetivos.

É fácil identificar a importância dos vínculos emocionais para o desenvolvimento e para a saúde mental do indivíduo.

Pessoas que se desenvolvem sem afetividade, ou em relacionamentos fragilizados, tem mais tendência a apresentar desordens emocionais e desajustamento social.

Manter vínculos afetivos seguros e relacionamentos saudáveis contribui para a manutenção dos níveis de oxitocina. Abraçar, por exemplo, é o método mais simples e prático para elevar a oxitocina no organismo.

Um momento de diálogo ou lazer com família e amigos, também pode causar esse efeito positivo, assim como presentear alguém ou receber um gesto de carinho e gentileza.

Os vínculos emocionais atuam como reforçadores positivos, por consequência, proporcionam bem estar, segurança e confiança, portanto, são considerados aspectos importantes para o tratamento da ansiedade.

  • Terapias holísticas

Yoga, meditação, acupuntura, musicoterapia, reiki, e várias outras terapias alternativas são vistas como opções efetivas como tratamento auxiliar em quadros de Transtornos de Ansiedade.

Algumas dessas técnicas já tiverem seu efeito comprovado e são indicadas por especialistas, como forma de atenuar os sintomas da ansiedade, bem como estresse e depressão.

  • Psicoterapia

O acompanhamento psicológico é fundamental no tratamento de Transtornos de Ansiedade.

Por meio da psicoterapia é possível identificar as causas do problema, estabelecer prognósticos, e promover avanços significativos na redução dos sintomas de ansiedade, com base em teorias e técnicas científicas, entre elas a Hipnose.

HIPNOSE NO TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

regressão de idade

Para tratar os Transtornos de Ansiedade com efetividade, é preciso atingir a sua origem.

Como o problema pode ter se originado há muitos anos, em decorrência de abalos do passado ou por conta de estresse pós-traumático, tratá-lo de forma natural, com o auxílio de hipnose, possibilita descobrir os gatilhos que provocam esse estado constante de tensão e modificá-los.

Isso é possível visto que a hipnose, quando feita por profissionais capacitados, é capaz de alterar a percepção da pessoa, redirecionando a mente para outros gatilhos de comando, que provoquem um estado de relaxamento e tranquilidade em vez de ansiedade.

Durante as sessões de regressão da hipnose, também é possível descobrir as origens do transtorno de ansiedade e substituí-las por outras lembranças, ajudando a controlar esses distúrbios emocionais para proporcionar melhor qualidade de vida ao seu portador.

Caso ainda tenha alguma dúvida sobre esse tema ou queira saber mais sobre os benefícios da hipnose, entre em contato conosco!

Você sabe o que é Terapia Holística?

 

O que é essa tal de Terapia Holística?

Estados emocionais negativos, falta de consciência corporal, carência alimentar, bloqueios energéticos nos meridianos, dentre outras coisas, costumam causar um grande sofrimento ao ser humano. E a Terapia Holística visa auxiliar na solução desses quadros.

Embora as pessoas que se percebem nesses estados não estejam doentes no sentido técnico da palavra, elas também não estão aproveitando seus corpos em sua plenitude! Na verdade, muitas delas estão verdadeiramente com bloqueios! E estes bloqueios as impedem de desenvolver suas atividades diárias com uma melhor performance e resultado.

Ao mesmo tempo, estas pessoas não conseguem ter tratamento médico adequado às suas necessidades. Isso acontece porque os problemas que apresentam não são considerados doenças, restando a elas, apenas, continuarem na situação em que se encontram.

A Terapia Holística surgiu exatamente desta lacuna.

A Terapia Holística é uma prática não médica. Buscamos principalmente o equilíbrio corporal, psíquico e social do indivíduo. Atuamos através de estímulos naturais. Vislumbramos a autoajuda e o despertar da consciência do indivíduo sobre seu corpo e seu papel no meio em que está inserido.

O Terapeuta Holístico promove junto ao seu cliente o autoconhecimento e o equilíbrio energético, sempre dentro do paradigma holístico.
A propósito, o termo ‘holístico’ vem do grego ‘holos’, que significa ‘inteiro, ou todo’. Ou seja, trata o ser humano como um todo e não sobre uma visão fragmentada da realidade.

Origem das Terapias Holísticas

O nome teoria holística vem da palavra holos que significa todo, inteiro. O princípio deste tipo de terapia é tratar do ser humano como um todo. Como assim? Nós somos formados por elementos físicos, emocionais, mentais e espirituais mas normalmente só damos atenção aos problemas e doenças do corpo físico. As terapias holísticas enxergam o ser humano como um todo e não como um fragmento do real, ela tem por objetivo tratar de todos os âmbitos da pessoa, concentrando não apenas nos sintomas mas também nas causas que a afligem naquele momento.

O tratamento de doenças através das Terapias Holísticas

 As terapias holísticas entendem que as doenças acometem o nosso corpo quando nós nos desligamos do nosso espírito, quando perdermos a fé em nós mesmos e não acreditamos (ou não enxergamos) o nosso potencial.  Essa ausência de fé gera pensamentos negativos, confusos e densos, afastando nossa energia e leveza.

Como a física quântica já comprovou que todo pensamento gera uma emoção, a terapia holística percebe que esses pensamentos negativos e pessimista irão trazer emoções também negativas, como o mau humor, o ressentimento, a raiva, etc. Ao convivermos diariamente com esses pensamentos e emoções pesadas e negativas nosso corpo somatiza essas debilidades, e elas são expressas tanto no nosso corpo mental (com depressões, tristeza, apatia) como no nosso corpo físico (como doenças, dores e disfunções)

A Terapia Holística é hoje a alternativa de tratamento de saúde que mais cresce no mundo. O aumento significativo dessa procura é motivado principalmente pela forma como essa terapia enfoca o ser humano e seus problemas. No trabalho holístico o ser humano não se resume apenas em um corpo físico, e sim visto como um complexo composto basicamente de uma individualidade inteligente (chamada de corpo emocional ou astral, alma ou espírito), um corpo energético, e um corpo físico, não podendo assim serem tratados individualmente. No enfoque holístico a doença do corpo físico é apenas, e tão somente, o reflexo ou a somatização das desarmonias já existentes nos corpos energéticos e ou emocionais. Assim sendo o tratamento holístico visa tratar não apenas as dores ou desajustes do corpo físico, ou seja, não somente o efeito, mas sim, busca detectar a origem do mal e trata-lo para que assim deixe de existir não só o mal, mas também a causa que o provoca.

Fazendo uso das mais variadas técnicas de trabalhos naturais a terapia holística busca despertar na pessoa o auto equilíbrio corpóreo/psico/social através da correção e harmonização de seus próprios recursos físicos, emocionais e energéticos, transformando assim a desarmonia em saúde e autoconhecimento.

Com essas técnicas a terapia pode ajudar pessoas com stress físico e/ou emocional, dores nas costas, ombros, membros superiores e inferiores, ciático, ajuda ainda no combate e prevenção de problemas como ansiedade, insônia, depressão, TPM. Fazendo uso de vários métodos diferentes a terapia holística pode detectar no corpo energético da pessoa alterações que estejam comprometendo o seu estado físico e/ou emocional, podendo aí auxiliá-lo e orientá-lo nas correções necessárias para o seu reequilíbrio. É possível também através do emprego das mãos, com exames de palpação dinâmica ou estática identificar desalinhamentos, restrições de movimentos e sinais de alterações estruturais no corpo físico. Costuma-se dizer na terapia holística que o corpo fala mais do que a boca quando se trata de expor sobre dores e emoções.

É importante esclarecer que dentro do paradigma holístico e até mesmo legal, o terapeuta holístico não é doutor, por isso ele não “receita”, mas sim “recomenda”, ele nunca “diagnostica”, ele “avalia”, “analisa”, e nunca “doenças”, e sim “disfunções”, “desequilíbrios energéticos”, “predisposições”. Da mesma forma jamais usa “medicamentos” (que pressupões pela própria gênese da palavra, a existência de um médico), recomenda isto sim, “remédios naturais”, “essências”, “extratos”.

Um bom terapeuta nessa área não se forma com a simples leitura de um ou outro livro, desta ou daquela técnica de trabalho, ou ainda com a frequência em qualquer curso da matéria. Para se formar um bom terapeuta é necessário fazer cursos nas áreas específicas, muita leitura, muita pesquisa, muita prática e acima de tudo uma formação e uma conduta moral muito sólida. Somente assim o terapeuta saberá compreender o valor de servir e respeitar o próximo, e ajudar a evolução da humanidade que é o verdadeiro espírito do holismo. Por isso, infelizmente, temos ainda muitos terapeutas atuando nessa área sem o devido preparo.

 

 

10 características que fazem de nós humanos, criaturas especiais

Você já deve ter ouvido muito por aí que o que difere os seres humanos dos outros animais é o fato de sermos dotados de inteligência. Não que isso não seja verdade, mas existem outros itens importantes que acabam por fazer de nós, humanos pensantes, ainda mais especiais. O Live Science reuniu alguns desses motivos – confira a seguir:

1 – A fala

 

Em comparação com os chimpanzés, a laringe do ser humano é localizada em uma região mais baixa, na garganta – essa pequena diferença anatômica é a responsável por nos fazer ter a capacidade de falar. Nem sempre foi assim, no entanto – nossos ancestrais, que viveram há pelo menos 350 mil anos, não tinham a laringe tão bem desenvolvida quanto a nossa – é uma coisa evolutiva, portanto.

Além do mais, seres humanos possuem um osso conhecido como hióide, que tem formato de ferradura e fica localizado abaixo da língua, na parte que dá início ao pescoço. Por ser um osso independente e não é ligado a nenhum outro, conseguimos articular melhor as palavras que falamos à medida que conversamos com alguém.

2 – Postura ereta

 Entre os primatas, seres humanos são os únicos capazes de ficar totalmente na vertical e se locomover sem problemas. Pode parecer uma coisa simples, mas ser bípede e andar com as mãos livres nos permite usá-las como ferramentas, o que, ao longo da evolução humana, foi um grande acontecimento.

Por outro lado, essa postura ereta acabou deixando o parto humano o mais perigoso do reino animal. Isso porque os ossos da região pélvica sofreram mudanças para sustentar o corpo ereto e, considerando o tamanho da cabeça de um bebê, não é difícil entender por que estamos falando em perigo.

Há cerca de um século, a maior causa de mortalidade feminina era o trabalho de parto. Isso tem a ver também com a região da lombar, que, para nos manter em pé, sofreu alterações durante o processo evolutivo e acabou fazendo com que a dor no local, no momento do parto, fosse ainda maior.

3 – Falta de pelos

Tudo bem que nós temos pelos e cabelos, mas em comparação com os outros primatas, visivelmente falando, a coisa parece ser diferente. O mais bizarro disso tudo é o fato de que temos o mesmo número de folículos capilares do que os macacos – às vezes até mais. A diferença é que nossos pelos são muito mais finos e mais leves.

4 – As mãos

 

Quando o assunto é evolução, constantemente ouvimos que seres humanos são os únicos “presenteados” com polegares opositores, que nos permite segurar objetos com precisão. Na verdade, a maioria dos primatas tem polegares opositores – alguns têm dedões opositores até nos pés.

A diferença dos polegares opositores dos seres humanos é que conseguimos fazer com que nossos polegares alcancem toda a área da nossa mão e, inclusive, cheguem ao dedo mínimo. Além do mais, conseguimos flexionar nossos dedos menores em direção ao polegar, o que nos garante uma destreza manual única.

5 – O cérebro

Não há dúvidas de que o cérebro humano é o mais bem desenvolvido de todo o reino animal, ainda que não seja o maior cérebro do mundo, nem em tamanho nem em comparação com o resto do corpo. O maior cérebro do mundo é o da baleia cachalote, e quando o assunto é proporção, saiba que alguns pássaros têm cérebros que correspondem a 8% do peso de seus corpos, enquanto que com nós, humanos, geralmente esse índice é de 2,5%.

A questão do cérebro humano se dá pela sua capacidade de funcionamento e pela habilidade de nos fazer ter pensamentos racionais e, em alguns casos, geniais – ou você acha que Marie Curie, Einstein, Mozart, Simone de Beauvoir e tantos outros não provaram que o cérebro humano é realmente uma máquina incrível?

6 – Humanos e essa mania de usar roupas

Por não sermos tão peludos quanto nossos parentes primatas acabamos nos desenvolvendo e adotando roupas como forma de proteger o corpo. Somos os únicos animais no mundo com esse costume. O uso de roupas influenciou a evolução de outras espécies, inclusive, como a de piolhos e traças que se alimentam daquele seu casaco esquecido no armário.

7 – O fogo, é claro

Outro item que acabou se tornando comum e, por isso, banal. É preciso lembrar, no entanto, que o fogo era uma vantagem e tanto para os nossos ancestrais, que sabiam, por exemplo, que havia outras pessoas por perto quando uma fogueira estava acesa. Era um privilégio único: sempre fomos os únicos animais capazes de enxergar no escuro com a ajuda de artifícios como o fogo.

Além do mais, o fogo era a forma mais eficaz de manter as pessoas aquecidas durante o inverno, o que acabou nos deixando incapazes de sobreviver muito tempo em regiões frias.

O fogo também permitiu que cozinhássemos nossos alimentos – isso foi um fator tão importante que muitos cientistas acreditam que cozinhar alimentos interferiu na evolução humana, afinal comida cozida é mais facilmente mastigada e digerida, o que talvez tenha contribuído para a diminuição do tamanho de nossos dentes e gengivas.

8 – Ficamos vermelhos

Nenhum outro animal fica com o rosto vermelho quando está envergonhado – isso é exclusividade dos seres humanos. Charles Darwin falou certa vez a respeito e definiu o fato de ficarmos corados como “a mais peculiar e mais humana das expressões”.

Não se sabe ainda por que ficamos vermelhos e revelamos, involuntariamente, algumas emoções dessa forma. Acredita-se que essa característica exista para manter as pessoas honestas. Será?

9 – Longa infância

Humanos são os únicos que vivem sob os cuidados dos pais por tanto tempo em comparação com os outros primatas. Em termos de evolução, faria muito mais sentido que a infância fosse cada vez menor, então essa questão ainda é do tipo que reúne diversas respostas hipotéticas.

A maior suspeita, no entanto, é que nosso desenvolvimento lento tenha a ver com a complexidade do cérebro humano, que requer mais tempo para crescer e aprender. Faz sentido, não é?

10 – A vida adulta

A vida de muitos animais basicamente é reproduzir até morrer, mas nós, humanos, queremos mais do que isso. Mulheres sobrevivem e vivem muito mais depois que se tornam mães.

Isso pode ter a ver com as relações sociais, tão comuns entre humanos. Os avós, por exemplo, têm papel fundamental nisso, uma vez que geralmente ajudam seus filhos a criarem os netos. Taí uma boa desculpa para encher seus avós de abraços.

O que é a Personalidade?

 

A origem da expressão remete-nos para persona, “máscara” utilizada no teatro grego para representar as emoções dos atores. A Psicologia, dentro das diversas linhas de estudo, apropriou-se deste conceito associando-o a uma série de outros que também eram utilizados para definir as particularidades da individualidade tais como carácter, índole (feitio) e temperamento. A natureza da sua constituição ou estrutura, numa linguagem mais moderna, e a possibilidade de classificação em tipos tem sido a regra da maioria dos estudos sobre este tema.
Segundo Alport, um dos maiores estudiosos da personalidade humana, a personalidade pode ser definida como «a organização psicodinâmica dos sistemas psicofísicos do indivíduo que determinam o seu comportamento e pensamento característico». Este conceito abrange o conhecimento de um conjunto de características psicofísicas humanas como: a consciência e perfil das atividades eléctricas do cérebro, o modo, a capacidade ou potencial de reação a estímulos internos e externos, padrões de organização do sistema nervoso autônomo ou emotividade, padrões de atividade do sistema nervoso central e/ou inteligência, o perfil bioquímico da constelação hormonal do sujeito, identificando sobretudo variantes não enquadradas na nosologia psiquiátrica ou psicopatológica, discriminando, por exemplo, a interferência de alterações epilépticas do lobo temporal de impulsos homicidas de natureza voluntária circunstancial ou habitual.
Jacques Lacan, num dos seus primeiros trabalhos publicados, aborda a personalidade como:

– um modo de desejos, necessidades e crenças;

– o desenvolvimento biográfico;

– a organização de reações psico-vitais: concepção de si mesmo/responsabilidade pessoal/tensão nas relações sociais.

A personalidade é um elemento relativamente estável na conduta da pessoa. É o que nos torna únicos, diferentes de todos. Diz respeito a características pessoais e que suportam uma coerência interna. Sempre que nos referimos à personalidade referimo-nos aos sentimentos, emoções, pensamentos, atitudes, comportamentos, motivações, tomadas de decisões, projetos de vida, etc. Ela permite que nos reconheçamos e que sejamos reconhecidos pelos outros, representa uma fidelidade, uma continuidade de formas de estar e de ser. O conceito personalidade tem assim uma multiplicidade de definições, ou seja, torna-se difícil dar uma só definição:
(Exemplos:)
 “A questão da personalidade recebeu tantas respostas que se pode considerar uma questão sem resposta”.
 – “Um padrão de acções” – (Catell, 1963)
 – “Formas relativamente estáveis, características do indivíduo, de pensar, experimentar e compor-se.” – (Rotter, 1954)
 – “A personalidade é constituída pelos modelos de comportamento distintos, incluindo os pensamentos e as emoções, que caracterizam a adaptação de uma pessoa às exigências da vida.” – (Rathus)
 – “A personalidade é a totalidade psicológica que caracteriza o homem em particular.” – (Meili)

A personalidade é igualmente uma construção pessoal que decorre ao longo da nossa vida, e uma elaboração da nossa história, da forma que sentimos e interiorizamos as nossas experiências, acompanha e reflete a maturação psicológica. Em suma, a personalidade é um processo ativo e que intervém em diferentes factores.

Factores que influenciam a Personalidade
São três os factores que influenciam a personalidade, eles estão relativamente interligados, embora a influência desses factores seja diferente nos diferentes indivíduos e nas diferentes fases da vida, a saber:
· influências hereditárias;
· meio social;
· e experiências pessoais;
Influências hereditárias
Cada pessoa apresenta-se na sua singularidade fisiológica e morfológica. O padrão genético estabelecido no momento da concepção influencia as características da personalidade que um indivíduo desenvolverá. De forma que, um dano que afete o cérebro, herdado ou causado à nascença pode ter grande influência sobre o comportamento da pessoa. Na determinação do temperamento estão as variações individuais do organismo, concretamente a constituição física e o funcionamento do sistema nervoso e do sistema endócrino, que são em grande parte hereditários.
Além disso, os factores somáticos ou orgânicos como o peso, a altura e o funcionamento dos órgãos dos sentidos podem afectar o desenvolvimento da personalidade.
O estudo dos gémeos é um dos métodos usados para analisar o papel da hereditariedade e demonstrou que, na generalidade, é nas características da personalidade que a semelhança é menor, em comparação com as semelhanças físicas e intelectuais.
O meio social
O meio social desempenha um papel determinante na construção da personalidade. Esta forma-se num processo interactivo com os sistemas de vida que a envolvem como a família, o grupo de amigos, a escola, o trabalho, etc. A família tem um papel muito importante, principalmente nos primeiros anos de vida pelas características e qualidade das relações existentes. O tipo de ambiente e clima em que se vive (hostil, violento, harmonioso, etc.) também dá a sua contribuição no desenvolvimento da personalidade.
Quanto mais próximo é o relacionamento de duas pessoas, tanto mais é provável que as características da sua personalidade sejam as mesmas.
Experiências pessoais
A qualidade de relações precoces e o processo de vinculação na relação mãe/filho são fundamentais na estruturação e organização da personalidade.  A complexidade das relações familiares vai influenciar as capacidades cognitivas, linguísticas, afectivas, de autonomia, de socialização e de construção de valores das crianças e jovens.
Outro aspecto muito importante na construção da personalidade é a adolescência com a formação de uma identidade, que se reflecte, no vestir, nas ideias defendidas e nas formas de se expressar.
Ao longo de toda a vida decorrem acontecimentos que marcam a personalidade de quem os vive, tais como mortes, violações, frustrações, cura de uma doença grave, divórcio, etc. A forma como representa-mos essas experiências o modo como conseguimos (ou não) superá-las e integrá-las na nossa vida são o reflexo de uma personalidade.

Distúrbios da personalidade

Para os profissionais da saúde (médicos psiquiatras e psicólogos), na sua generalidade, a palavra personalidade corresponde a padrões persistentes de comportamentos, pensamentos e sentimentos que as pessoas seguem durante a vida. É óbvio que a maneira como as pessoas se comportam depende de inúmeros factores. Os traços mais profundos e persistentes da personalidade, aqueles que nos caracterizam durante a infância até ao fim da vida e que dificilmente conseguimos modificar, apesar de todas as circunstâncias que vamos vivendo são aqueles que adquirimos geneticamente. Por exemplo ser-se emocionalmente estável ou instável poderá estar condicionado pela actividade do tipo do sistema nervoso simpático que herdámos (e como se sabe este sistema controla a tensão arterial, a frequência cardíaca, a respiração, etc.), embora possam existir factores de má orientação psíquica que provocam situações emocionais semelhantes. Outros aspectos da nossa personalidade são modelados por acontecimentos externos e resultam sobretudo da nossa aprendizagem e adaptação ao mundo externo.

Segundo o grande psicólogo e profundo pensador Carl Jung, a personalidade saudável é aquela que consegue o equilíbrio entre o consciente e o inconsciente, entre a vida interior e exterior. Mais que qualquer outra escola psicológica, a psicologia analítica de Jung busca a unidade do indivíduo no mais profundo de si mesmo, com uma técnica que conduz à individuação. A personalidade saudável é “Una” e dependemos em proporções angustiantes de um funcionamento pontual do nosso psiquismo inconsciente, dos seus referentes e das suas falhas ocasionais. Portanto, a personalidade de cada indivíduo apresenta traços próprios, ou seja, modos originais de perceber e reagir ao mundo exterior, que se repetem em múltiplas situações ao longo da sua vida que de certo modo o individualizam e o distinguem das outras pessoas. É só quando esses traços da personalidade se acentuam demasiado, tornam-se incoerentes, inflexíveis, desadaptados à realidade habitual, prejudicando o bem-estar pessoal, familiar ou social do indivíduo, apresentando até formas diversas de actuar perante as mesmas situações, é que se considera que há um distúrbio de
personalidade.

Diz-nos Jung: «Uma personalidade é um todo vivo e individual, único e autómato, que se vai construindo a partir do nascimento, por uma integração dinâmica de factores orgânicos, intelectuais, éticos, afectivos e sociais».

A personalidade na sua origem supõe, desde logo, a ideia de uma pessoa que não deixa de ser o que é, que é a mesma no espaço e no tempo, que mantém a identidade para consigo e a diferenciação para com os outros. Quando se fala de personalidades fortes e personalidades fracas, refere-se, a que as primeiras são pessoas de comportamentos solidamente não contraditórios, e as personalidades fracas são pessoas de comportamentos bastante irregulares.

É interessante saber que podemos relacionar a personalidade à saúde física, pois a “personalidade é para a psicologia analítica a totalidade dos atributos psicológicos”, resultando dos distúrbios psíquicos várias psicossomáticas. Um estudo efectuado nos anos 60 diferenciou personalidades do tipo A das personalidades do tipo B. Depois, mais tarde, profundas investigações concluíram que pessoas com personalidade do tipo A (ambiciosas, agressivas, impacientes) eram mais propensas a ataques cardíacos que as do tipo B (mais passivas, flexíveis e depressivas). Posteriormente procurou-se a “característica tóxica” do tipo A, e concluiu-se que a hostilidade, os ressentimentos, rancores, o cinismo, a falsidade, a inveja, o egocentrismo, o egoísmo são as principais toxinas do tipo da personalidade A. O paradigma do tipo A é referenciado o executivo masculino, de nível elevado, no apogeu da carreira, entre os 40 e cinquenta e poucos anos. Este é o mais significativo referencial do tipo da personalidade A, mas não é exclusivo. Na massa humana que abunda no planeta há muito mais e em muitas mais situações tipos de personalidade do tipo A. Quanto a possíveis ligações entre a personalidade e as doenças, investigações recentes têm trazido resultados diversos, e provas de que os indivíduos possuidores de certos traços neuróticos da personalidade como a ansiedade, as angústias que tanto torturam, o pessimismo, a hostilidade, a rigidez com intolerância e inflexibilidade, a insociabilidade têm fortes probabilidades de adoecer com certa gravidade aos quarenta e poucos anos. Esta ligação não se dá com nenhuma doença específica, mas com a falta de saúde em geral, salientando-se as mais correntes psicossomáticas: asma, úlceras pépticas, enxaquecas e doenças cardíacas e cardiovasculares.

 

Miguel Alexandre Palma Costa

Qual a diferença entre emoções e sentimentos?

 

Embora essas duas palavras sejam usadas indistintamente, existem sim diferenças entre sentimento e emoção. Compreender a diferença entre os dois pode ajudá-lo a mudar comportamentos não saudáveis e a encontrar mais felicidade e paz no seu dia a dia. Sentimentos e emoções são dois lados da mesma moeda, mas são duas coisas muito diferentes.

Não entendeu? Então confira.

O que é emoção?

As emoções são respostas de nível inferior que ocorrem nas regiões subcorticais do cérebro, da amígdala e do córtex pré-frontal ventromedial, criando reações bioquímicas no seu corpo e alterando assim seu estado físico. Emoções originalmente ajudaram a espécie humana a sobreviver, produzindo reações rápidas à ameaças.

As reações emocionais são codificadas em nossos genes e, embora variem individualmente e dependam das circunstâncias, são geralmente semelhantes em todos os seres humanos e até mesmo em outras espécies (por exemplo, você sorri e seu cão sacode a cauda). As amígdalas desempenham um papel fundamental na excitação emocional e regulam a liberação de neurotransmissores essenciais para a consolidação da memória, razão pela qual as memórias emocionais podem ser muito mais fortes e duradouras.

As emoções transmitem sentimentos, são físicas e instintivas. Por serem físicas, podem ser medidas objetivamente pelo fluxo sanguíneo, atividade cerebral, micro-expressões faciais e linguagem corporal.

O que é sentimento?

Os sentimentos se originam nas regiões neocorticais do cérebro e são associações mentais e reações às emoções. São também subjetivos, sendo influenciados pela experiência pessoal, crenças e memórias. Um sentimento é o retrato mental do que está acontecendo no corpo quando é criada uma emoção. É o subproduto do cérebro percebendo e atribuindo significado à emoção. Por isso, não podem ser medidos com precisão.

Antonio D’Amasio, professor de neurociência na Universidade da Califórnia e autor de vários livros sobre o assunto, explica da seguinte forma: “Sentimentos são experiências mentais de estados corporais, que surgem a partir de como o cérebro interpreta emoções”. A Dra. Sarah Mckay, neurocientista e autora do blog “Your Brain Health” exemplifica: “as emoções atuam no teatro do corpo. Os sentimentos atuam no teatro da mente”.

Os sentimentos são provocados por emoções e coloridos pelos pensamentos, memórias e imagens que se tornaram subconscientemente ligados com aquela emoção particular para você. Mas funciona ao contrário também.

Por exemplo, apenas pensar em algo ameaçador pode desencadear uma resposta de medo emocional. Enquanto as emoções individuais são temporárias, os sentimentos que elas evocam podem persistir e aumentar ao longo da vida, já que as emoções causam sentimentos subconscientes que por sua vez iniciam emoções e assim por diante, se transformando assim em um ciclo interminável de emoções dolorosas e confusas que produzem sentimentos negativos, causando mais emoções negativas e assim por diante.

Suas emoções e sentimentos desempenham um papel poderoso na interação com o mundo, porque são a força motriz por trás de muitos comportamentos, úteis e inúteis. Viver inconsciente dessa situação quase sempre leva a problemas físicos e emocionais a longo prazo.

Como usar as emoções e sentimentos ao seu favor?

Ao compreender essa diferença e tornar-se consciente de suas emoções e sentimentos, determinando qual é qual, as raízes e suas causas e, em seguida, inserir pensamentos consciente seguidos de ações deliberadas, você pode escolher como navegar e experimentar o mundo. Ser capaz de fazer isso significa responder ou reagir para fazer a diferença entre uma vida calma ou caótica. Aprender a diferença e mudar tanto o pensamento quanto o comportamento, não importando o que está acontecendo ao redor, pode ajudar a manter o equilíbrio, o senso de paz, o propósito e a esperança em avançar na direção de seus objetivos.

Autor: Frederico Porto

 

O Lado Bom das Emoções e o Ponto Negativo dos Sentimentos

Para começo de conversa, o segredo para tudo em nossa vida é “saber dosar” é saber o “caminho do meio”.

Sempre acreditei que estar vibrando numa dessas emoções não poderia existir nada de útil e de bom, e surpreendentemente, eis que todas tem seu lado bom.

Começando pelo medo, quando lembramos dele, a primeira coisa que vem é uma sensação desagradável. Simplesmente não compreendemos o medo, mas ao avaliarmos a energia formadora do medo, percebemos que o medo nos protege, nos mostra o limite. Vamos a alguns exemplos: – vamos imaginar que estou caminhando na rua e enquanto os carros passam, o sinal de transito está fechado para mim, o medo me protege e faz com que eu espere liberar para que eu possa atravessar.

Da mesma forma se estou na beira de um precipício e sei que se der um passo a mais eu despenco e posso perder a vida e mais uma vez o medo me faz recuar.

Portanto o medo é útil e nos protege de complicações futuras, de sofrimentos e tem como objetivo preservar a Vida.

Não podemos esquecer que o medo instintivo é uma outra forma de medo que se manifesta. Esse é o medo que se apresenta em situações inesperadas, como a reação que temos em um assalto por exemplo. Por mais preparados que possamos estar para uma situação dessas, só sabemos realmente a nossa verdadeira reação no momento que passarmos pela experiência, o que também não deixa de ser mais uma forma de preservar a nossa vida.

Já percebemos que as emoções tem um papel fundamental em nossa vida…

Agora vamos ver o lado positivo da raiva. Percebe-se que as pessoas tem uma certa relutância quando se trata de consentir que sentem raiva.

Assim como o medo, com a raiva não poderia ser diferente. Essa energia utilizada erroneamente machuca o físico, o emocional e o psicológico de outras pessoas e até a nós mesmos.

Mas qual poderia ser a utilidade da raiva?

Vamos para um exemplo bem prático: – Você já percebeu que quando está com raiva, passa a sentir uma força que faz você fazer coisas que sem o momento da raiva não conseguiria fazer? Portanto, a raiva é a nossa força. Sem essa força nem sequer caminharíamos.

A força, é a característica positiva da raiva. É ela que nos faz correr atrás dos nossos sonhos, projetos e alcançar nossos objetivos. A diferença está em sabermos para onde direcionamos a raiva (nossa força) e sobre isso eu escrevi no artigo “A Emoção da Raiva” que vale a pena você ler também.

Mas e quanto a tristeza? É possível termos algo de positivo dessa emoção tão desagradável?

A resposta é SIM.

Viemos como seres humanos, com um corpo e dentro dele um coração que pulsa juntamente com uma missão de vida para cumprir. Só sabemos se estamos cumprindo a nossa missão, quando o coração – o centro do nosso ser – está tranquilo, em paz, ou seja,com uma sensação de leveza acompanhada de uma alegria gratuita de viver a vida.

Mas, corremos para todos os lados e para todo mundo e esquecemos de sentir nosso coração, esquecemos de avaliarmos nosso interior e é neste instante que a tristeza é útil.

A tristeza, obrigatoriamente, nos faz voltar para uma autoavaliação e baseado nessa autoanálise tomamos novos rumos, novas decisões. Caso ignorarmos essa “ajudinha” da tristeza podemos passar a ter dores, doenças e depressões e sobre isso eu falei no artigo, “ A Emoção da Tristeza”.

Para finalizar vou escrever o ponto negativo dos sentimentos.

O ponto negativo é quando perdemos o verdadeiro significado desta energia, ou seja, quando não lembramos de permanecer em equilíbrio, no centro, no caminho do meio podemos saltar da Alegria para a euforia, do Amor para a paixão e da Paz para o marasmo.

Outro ponto negativo dos sentimentos é o excesso dos mesmos, a euforia por exemplo. Lembrar sempre de ficar no “caminho do meio”, nem tanto lá, nem tanto cá.

A dica é estar consciente do que está sendo vivido e manter o equilíbrio…